Galeria Municipal do Porto

Desejos Compulsivos:
A Extração do Lítio e as Montanhas Rebeldes
25.03 - 28.05.2023
A Extração do Lítio e as Montanhas Rebeldes
25.03 - 28.05.2023
Desejos Compulsivos — A Extração do Lítio e as Montanhas Rebeldes aborda a problemática existente entre extrativismo e exaustão, produtividade e burn-out, atravessando diferentes escalas. Com curadoria de Marina Otero Verzier, a exposição toma como ponto de partida os planos de extração de lítio em curso no Norte de Portugal e as lutas suportadas pelas comunidades locais, pelas suas vidas e direitos. Batalhas que enfatizam, no que tem sido descrito como "colonialismo verde", o desenvolvimento do "futuro da bioenergia", envolvem demasiadas vezes a expropriação de comunidades e a degradação de ecossistemas.
Enquanto a indústria mineira — e os desejos capitalistas — subjugam e exploram a montanha e os seus habitantes, tratando-os como recursos a extrair, a violência transforma-se numa força de sobrevivência para estas comunidades através de infraestruturas coletivas e rituais incorporados. Se a exploração mineira resulta na rutura social, ecológica e mental, estas práticas, juntamente com as expressões artísticas, quebram a ordem social para criar mundos opostos, fundindo o individual e o coletivo, o reino ancestral e as gerações futuras, o humano e mais que humano, desencadeando uma compreensão alternativa da energia.
Curadoria de Marina Otero Verzier
Com
Amável Antão, Anastasia Kubrak, Carlos Irijalba, Giuliana Rosso, Grupo de Investigação Territorial (Antonio del Giudice, Godofredo Enes Pereira, Jacob Bolton, Mingxin Li, Tiago Patatas), Heitor Cramez, Isidro Rodrigues, Jonas Staal & Radha D’Souza, Jonathan Uliel Saldanha, Lara Almarcegui, Leanne Wijnsma, Lithium Triangle Research Studio + Nicolas Jaar, Maarten Vanden Eynde & Edmond Musasa, Medios Libres con la Gira Zapatista, Naomi Rincón Gallardo, Natalia de la Rubia Kozlowska, Orlando Vieira Francisco, Povo de Covas do Barroso & Paulo Carneiro, Susana Caló, Susana Soares Pinto, Tanguy Pitavy, Tomás Saraceno & Aerocene Foundation.
Música entre Espécies Companheiras
Maio - Novembro 2023
Maio - Novembro 2023
Música entre Espécies Companheiras é uma série de concertos concebidos e realizados para, e com, cães, os seus companheiros humanos e outras presenças mais-do-que-humanas que se queiram juntar a estas sessões. Inspirados no Manifesto das espécies companheiras de Donna J. Haraway e em estudos científicos sobre a inclinação dos cães para o som e a música, os concertos irão ter em conta as sensibilidades e capacidades auditivas únicas destes animais.
Curadoria de Lovers & Lollypops
Prémio Paulo Cunha e Silva
17.06-20.08.2023
17.06-20.08.2023
Criado pela Câmara Municipal do Porto em homenagem ao antigo Vereador da Cultura Paulo Cunha e Silva (1962-2015), figura central da vida artística da cidade, o prémio, que se realiza de dois em dois anos, reconhece o talento das novas gerações de artistas nacionais e internacionais. A edição deste ano reforça o compromisso do Prémio em promover a criação e o intercâmbio cultural ao estabelecer uma parceria com três programas de residência artística reconhecidos internacionalmente. Arquipélago Centro de Artes em S. Miguel, Açores; Cove Park, na costa oeste da Escócia; e o Pivô, em São Paulo, receberão um dos três artistas premiados, escolhidos por um júri constituído por três membros.
Os selecionadores para a edição de 2023 do Prémio Paulo Cunha e Silva são:
A artista Angela Ferreira, o diretor da Jan van Eyck Academie, Hicham Khalidi e a programadora cultural Tabitha Thorlu-Bandura.
Com
Euridice Kala, Márilu Namoda e Luis Santos (nomeados por Ângela Ferreira); Rouzbeh Akhbari, Kent Chan e Hira Nabi (nomeados por Hicham Khalidi) e Maren Karlson, Malik Nashad Sharpe - também conhecido como Marikiscrycryery- e Eve Stainton
A artista Angela Ferreira, o diretor da Jan van Eyck Academie, Hicham Khalidi e a programadora cultural Tabitha Thorlu-Bandura.
Com
Euridice Kala, Márilu Namoda e Luis Santos (nomeados por Ângela Ferreira); Rouzbeh Akhbari, Kent Chan e Hira Nabi (nomeados por Hicham Khalidi) e Maren Karlson, Malik Nashad Sharpe - também conhecido como Marikiscrycryery- e Eve Stainton
Dueto
Maria Paz e Joan Jonas
16.09 – 19.11.2023
Maria Paz e Joan Jonas
16.09 – 19.11.2023
Dueto é um convite a duas artistas para compartilharem um mesmo espaço expositivo. Começou como uma proposta dirigida a uma jovem artista do Porto para pensar num artista com quem gostaria de partilhar uma exposição. Recordando o impacto que a exposição no Museu de Serralves teve no seu processo de investigação, Maria Paz convidou Joan Jonas a partilhar o espaço expositivo da Galeria Municipal do Porto. Neste intercâmbio transatlântico de gerações, as duas artistas revelarão as suas investigações comuns em formas, cores e materiais.
Curadoria de Filipa Ramos
Norte Silvestre e Agreste
09.12.2023 – 10.03.2024
09.12.2023 – 10.03.2024
Quais são os padrões meteorológicos, os mitos e histórias, os ritmos, cores e formas, os habitantes humanos e não-humanos que constituem o Noroeste Ibérico na sua realidade e ficção?
Querendo saber sobre os rituais e modos expressivos de pessoas, animais, plantas, elementos e minerais, fomos em busca das raízes, terminações e tentáculos do Noroeste Ibérico, tentando encontrar, conhecer e permanecer nos locais onde estes poderiam residir. Ao fazê-lo, consideramos o passado, mas acima de tudo enfrentamos o presente-futuro desses espaços concretos e imaginados entre mares, bosques e assentamentos. Norte Silvestre e Agreste é uma exposição que percorre caminhos e linhas de intensidade, forças centrífugas que nos levam para além do Porto, rumo àquelas supostas margens onde as permutas eclodem para descobrir e partilhar as referências, histórias, palavras e ligações a esses lugares com um longo passado e um futuro ainda mais longo.
Querendo saber sobre os rituais e modos expressivos de pessoas, animais, plantas, elementos e minerais, fomos em busca das raízes, terminações e tentáculos do Noroeste Ibérico, tentando encontrar, conhecer e permanecer nos locais onde estes poderiam residir. Ao fazê-lo, consideramos o passado, mas acima de tudo enfrentamos o presente-futuro desses espaços concretos e imaginados entre mares, bosques e assentamentos. Norte Silvestre e Agreste é uma exposição que percorre caminhos e linhas de intensidade, forças centrífugas que nos levam para além do Porto, rumo àquelas supostas margens onde as permutas eclodem para descobrir e partilhar as referências, histórias, palavras e ligações a esses lugares com um longo passado e um futuro ainda mais longo.
Curadoria de Filipa Ramos e Juan Luis Toboso
-
09.12.2023 – 10.03.2024
Norte Silvestre e Agreste
Quais são os padrões meteorológicos, os mitos e histórias, os ritmos, cores e formas, os habitantes humanos e não-humanos que constituem o Noroeste Ibérico na sua realidade e ficção?Querendo saber sobre os rituais e modos expressivos de pessoas, animais, plantas, elementos e minerais, fomos em busca das raízes, terminações e tentáculos do Noroeste Ibérico, tentando encontrar, conhecer e permanecer nos locais onde estes poderiam residir. Ao fazê-lo, consideramos o passado, mas acima de tudo enfrentamos o presente-futuro desses espaços concretos e imaginados entre mares, bosques e assentamentos. Norte Silvestre e Agreste é uma exposição que percorre caminhos e linhas de intensidade, forças centrífugas que nos levam para além do Porto, rumo àquelas supostas margens onde as permutas eclodem para descobrir e partilhar as referências, histórias, palavras e ligações a esses lugares com um longo passado e um futuro ainda mais longo. Curadoria de Filipa Ramos e Juan Luis Toboso.Curadoria de Filipa Ramos e Juan Luis Toboso. -
Sábado, 9 de dezembro, às 16 horas
Inauguração: Norte Silvestre Agreste
A Galeria Municipal inaugura a última exposição de 2023 com Norte Silvestre Agreste, um projeto com curadoria de Filipa Ramos e Juan Luis Toboso e que conta com a participação de Alejandra Pombo Su, Cem Raios T’abram, Daniel Moreira e Rita Castro Neves, Diego Vites, Judith Adataberna, Lara e Noa Castro Lema, Lois Patiño, Mariana Barrote, Mariana Caló e Francisco Queimadela, Maruja Mallo, Óliver Laxe, Salvador Cidrás, Vicente Blanco e Von Calhau!Para visitar até 10 de março, 2024. -
Sábado, 9 de dezembro, às 17 horas
Norte Silvestre e Agreste: Performance por Mouræ (Lois Búa)
Crónica da Cabria é o título da performance de Mouræ, que se materializa através de uma colagem sonora de diversas proveniências, refletirá as ligações entre fantasia e realidade, futuro e passado, ao mesmo tempo que pondera os possíveis conflitos da sua idealização.A partir das captações sonoras de ofícios e labores que se vão extinguindo gradualmente, remisturadas com sons do presente, Mouræ percorre a viagem inversa do peixe congro, que é seco nas Cábrias de Muxia (Galiza) e comercializado em Calatayud (Castela).Esta sessão será apresentada em direta relação com a instalação do artista Diego Vites, que integra esta exposição. -
Sábado, 9 de dezembro, às 18 horas
Norte Silvestre e Agreste: Performance por Lara & Noa Castro Lema
"Os pássaros morrem e cantam mais uma vez em benefício da poesia. As mulheres são transmutadas em pássaros. A voz tem o poder de transformar os seres, para o bem e para o mal."A dupla de artistas galegas Lara & Noa Castro Lema, apresentará a performance A las aves, meu amigo centrada na tradição oral e nas lógicas de partilha de conhecimento através da história, da música e da memória. A sua pesquisa tem investigado essas práticas através da voz, cruzando as sonoridades humana e animal para pensar as possibilidades de fantasia e conexão com o mundo.Este encontro performativo em duas vozes, debruçar-se-á sobre o mito do extinto Auroque e do Tetraz, em perigo de desaparecimento. O momento acompanha o filme que a dupla apresenta na exposição. -
Quarta-feira, 13 de dezembro, das 15h00 às 18h00
Percurso Exodus para escolas, com Paralaxe
Para participar neste Exodus, podem inscrever-se todas as turmas interessadas, através do e-mail galeriamunicipal@agoraporto.pt.Todos os percursos são realizados a pé.Local de encontro a definir.
Imagem: Teresa Miranda -
Quinta-feira, 14 de Dezembro às 19 horas
Zoos humanos, ethnic freaks y exhibiciones etnológicas – Conferência com Hasan G. López Sanz
Esta conferência abordará questões que o filósofo espanhol Hasan G. López Sanz tem vindo a debruçar na sua investigação, como as complexas relações entre exotismo e educação, antropologia e memória colonial, restituição e reparação.A apresentação incluirá, também, uma reflexão sobre a forma como a arte contemporânea tem vindo materializar estas ideias, nomeadamente através de projetos de artistas que têm vindo a desconstruir o pensamento colonial, que muitas vezes persiste em algumas das ciências humanas e da Academia."Zoos humanos, ethnic freaks y exhibiciones etnológicas. Una aproximación desde la antropología, la estética y la creación artística contemporánea", publicado por Hasan Lópes em 2017, constituiu-se, ainda, como uma das múltiplas referências para a construção do conhecimento basilar do eixo Memória de Elefante, do Ping!. A publicação, editada pela editora Concreta, aborda temas marcantes para a reflexão e debate destas questões, como foi o caso da decisão do Estado Novo em organizar a "Primeira Exposição Colonial Portuguesa", nos Jardins do Palácio de Cristal do Porto, em 1934.Local:Auditório da Biblioteca Municipal Almeida Garrett
Para assistir à conferência deve levantar o bilhete gratuito (máximo 2 por pessoa) até 15 minutos antes do início do evento. Pode reservar o seu lugar antecipadamente através do email galeriamunicipal@agoraporto.pt.
Imagens: [2]Lurdes Basoli, Eclipse [projeto em contínuo]
[1]Andrés Pachon, La Derrota del Rostro [vista de exposição], 2018 (em colaboração com Hasan G. López Sanz)
Hasan G. López Sanz é doutorado em Filosofia. É professor na área de Estética e Teoria das Artes na Faculdade de Filosofia da Universidade de Valência, investigador associado do CRAL (Centre de Recherches sur les Arts et le Langage) em Paris, e membro e diretor do grupo de investigação "Grupo de estudios visuales sobre memoria de la esclavitud, el colonialismo y sus legados", entre outros projetos.Desenvolve a sua investigação no domínio da imagem, das suas práticas e usos públicos, especialmente em relação com a antropologia, a estética e a arte contemporânea. Entre as suas publicações, incluem-se livros como o "Zoos humanos, ethnic freaks y exhibiciones etnológicas. Una aproximación desde la antropología, la estética y la creación artística contemporánea" (Concreta, 2017), "Let's bring blacks home! Imaginação colonial e formas de aproximação gráfica dos negros em África" (1880-1968) (PUV, 2020). -
Visitas-Pavão aos Jardins
Visitas-Pavão aos Jardins
Para participar nas Visitas-Pavão podem inscrever-se todas as turmas interessadas, através do e-mail galeriamunicipal@agoraporto.pt.Quartas, quintas e sextas-feiras, das 10 às 13 horas e das 14 às 18 horas.
Duração: 90 min. -
Exodus para escolas
Para participar no Exodus podem inscrever-se todas as turmas interessadas, através do e-mail galeriamunicipal@agoraporto.pt.Todos os percursos são realizados a pé.Local de encontro a definir.
Quinta e sexta, 10-13h e 14-18h. Duração: 120min -
Sábado, 6 de janeiro às 16 horas
Norte Silvestre e Agreste: Visita guiada à exposição
Ponto de encontro: balcão da Galeria.
Entrada gratuita. -
Sábado, 3 de fevereiro às 16 horas
Norte Silvestre e Agreste: Visita guiada à exposição
Ponto de encontro: balcão da Galeria.
Entrada gratuita. -
Quinta e sexta-feira, 8 e 9 de fevereiro, às 19 horas
Norte Silvestre e Agreste: Programa de filmes
Mais informações em breve. -
Sábado, 2 de março às 16 horas
Norte Silvestre e Agreste: Visita guiada à exposição
Ponto de encontro: balcão da Galeria.
Entrada gratuita. -
Sábado, 9 de março, às 18 horas
Norte Silvestre e Agreste: Performance por Alejandra Pombo Su
A prática artística de Alejandra Pombo Su move-se entre as artes visuais, audiovisuais e performativas. Partindo de visões e imaginários oníricos, as suas obras representam emoções e figurações imaginadas tanto quanto pessoas, animais e lugares concretos, explorando a relação entre o feminino e o animal, o natural e o sensorial, o imprevisto, o inefável e o imaginado.Na performance da artista, que marcará o encerramento da exposição, a artista irá explorar a presença animal através da modulação, vibração e intensidade da voz, enquanto corpo que se desprende da própria pele e que se conecta a um lugar não corpóreo, aberto e indefinido.Local a divulgar em breve.