Galeria Municipal do PortoGaleria Municipal do Porto

  • Exposições

    Novo livro: DUETO

    Dueto está agora disponível em formato livro!
     
    O projeto expositivo, com curadoria de Filipa Ramos, colocou em diálogo obras de Joan Jonas e Maria Paz e foi apresentado na GMP no final do ano passado.
     
    Esta nova publicação, com design de Marta Ramos, pode ser consultada ou adquirida a partir de hoje no balcão da Galeria, dando a conhecer as ideias e pensamentos por detrás da prática destas artistas, através de entrevistas e ensaios inéditos, para além da memória fotográfica da exposição.
  • Imprensa

    João Laia @Ipsilon, por Mariana Duarte

    Hoje, no Jornal Público, João Laia partilha algumas das ideias e objetivos enquanto diretor do Departamento de Arte Contemporânea da Ágora - Cultura e Desporto do Porto, numa entrevista conduzida por Mariana Duarte.

    Ler a notícia na íntegra, aqui.
  • Exposições

    Novo livro: ANUÁRIO

    Durante três edições, entre 2019 e 2021, o projeto Anuário materializou-se em exposições e eventos em diferentes espaços do Porto, refletindo sobre as práticas curatoriais e artísticas desenvolvidas na cidade ao longo de cada ano. 
     
    O projeto foi agora convertido para uma publicação que reúne a memória das propostas de mais de 100 artistas e coletivos, num livro com desenho gráfico assinado pela dupla Mariana Marques e Inês Nepomuceno.
  • Exposições

    Novo livro: PÉS DE BARRO

    Algumas pessoas poderão associar o barro, a olaria e a cerâmica à tradição, e a tradição ao passado. 
    E se o barro for o futuro e o futuro for o barro? 
     
    Reunindo um conjunto de artistas que têm usado o barro, a olaria e a cerâmica para imaginar, projetar e moldar o mundo em que vivem, as curadoras Chus Martínez e Filipa Ramos apresentaram a exposição Pés de Barro na GMP, no final de 2021.
     
    Materializado agora em formato livro, o projeto copublicado entre a Galeria Municipal do Porto e a Lenz, Milan, já está disponível para aquisição e conta com contribuições inéditas das curadoras e artistas participantes: Ana Jotta, Eduardo Navarro, a dupla Formabesta (Salvador e Juan Cidrás), Gabriel Chaile, Isabel Carvalho, Neïl Beloufa, Pauline Curnier Jardin e Tamara Henderson.
  • Imprensa

    João Laia será o próximo diretor do Departamento de Arte Contemporânea da Ágora, Cultura e Desporto do Porto

    João Laia será o próximo diretor do Departamento de Arte Contemporânea da Ágora, Cultura e Desporto do Porto. A partir de janeiro de 2024 irá assumir a programação e gestão da Galeria Municipal do Porto, a plataforma de apoio à prática artística contemporânea Pláka - que inclui a revitalização da secção de arte contemporânea da Coleção Municipal de Arte, entre outras iniciativas -, da Fonoteca Municipal do Porto e de outros projetos de âmbito cultural e artístico.

    Ler a notícia na íntegra aqui.
    Imagem: Kiasma / Finnish National Gallery
  • Imprensa

    DUETO, @Contemporânea, por Maria Kruglyak

    Maria Kruglyak falou com Filipa Ramos, a propósito da exposição "Dueto" com a sua curadoria, na GMP. 

    O artigo pode ser lido na íntegra, aqui.


  • DUETO, @Público, por Mariana Durães

    O Jornal Público visitou a exposição Dueto. 

    Para ler a notícia na íntegra, clique aqui.
  • Centre de Création Contemporaine Olivier Debré

    Prazo para candidaturas a residência está a terminar

    Lembramos que o prazo para as candidaturas à residência artística na CCC OD, em França, está a terminar!

    Esta open call é uma colaboração entre a GMP e o Centre de Création Contemporaine Olivier Debré (CCCOD) e é dirigida a artistas residentes no Porto que queiram realizar uma residência de investigação em 2024, na cidade francesa de Tours.
     
    📅 Submissões até 30 de outubro!

    Todas as informações disponíveis aqui.
     
    Fotografia: Benoit Fougeirol
  • DUETO, @Arte Capital, por Mafalda Texeira

     A Arte Capital escreveu sobre o projeto expositivo Dueto, que junta as artistas Joan Jonas e Maria Paz. 

    Leia aqui o artigo
  • COBRACORAL - Concerto adiado

    As previsões para amanhã são de chuva intensa, ventos fortes e trovoada.
    Por isso, para que a tempestade não nos apanhe desprevenidos, teremos de adiar o concerto de Cobracoral para dia 8 de Novembro.
  • O Afeto da Escuta

    Vem aí um novo festival de ecologia acústica no Porto!

    Com curadoria do Institute for Postnatural Studies, O Afeto da Escuta juntará em diversos locais da cidade, entre os dias 10 e 12 de novembro, cerca de duas dezenas de artistas internacionais, incluindo compositores, artistas sonoros e investigadores acústicos. 

    Leiam a notícia aqui.
  • Visita de Estúdio 👁

    Kiko Pedras

    No seguimento do "Hotel para Insetos", um workshop que Kiko Pedras propôs aos jovens estudantes PINGs!, fomos visitar a sua casa-oficina-jardim. 
     
    É lá que desenvolve projetos de complexidades diversas, onde a mão está sempre presente, seja a construir canoas, colmeias ou estufas. É também um local de encontro para artistas, cenógrafos e curadores pensarem em conjunto estruturas, plintos ou instalações. 
     
    A sua prática estende-se para todas as áreas, como é o da sua própria casa, que é repensada e alterada conforme as necessidades da um espaço rural. No espaço exterior, há árvores como sequoias ou pereiras, e onde se veem abrigos para insetos e pássaros, se ensina a permacultura e se fazem tijolos em adobe. 
     
    Todos os dias são diferentes: “num dia guio um feijoeiro para ali, no outro transplanto da horta para a leira.” 
  • Open call

    Galeria Municipal lança convocatória para residência artística em França

    Já abriu o prazo para apresentação de candidaturas à nova residência no Centre de Création Contemporaine Olivier Debré!
     
    Acedam a todas as informações, aqui.
  • Visita de Estúdio 👁

    ter/rajo

    Desde cedo que a música é uma componente presente na vida de ter/rajo. Aos sete anos, iniciou-se nos estudos clássicos, encontrando no bombardino um lugar de conforto. Os trânsitos contextuais – da aldeia para o conservatório e, depois, para a universidade –, transformaram a sua relação com a música; seja do ponto de vista do fazer, como do pensar e do sentir.
     
    Para si, som e música existem como linguagem e ganham novos sentidos e possibilidades através do fazer coletivo, em diálogo com diferentes artistas e disciplinas, como a poesia, a dança ou a performance. Em “Ahora Si”, o seu primeiro trabalho individual editado em K7, pela Crystal Mine, e lançado em maio deste ano, paisagens sonoras conduzem-nos por um percurso denso e eruptivo desde o coração da terra ao ponto mais alto da linha do horizonte. Atualmente, ter/rajo encontra-se em residência na plataforma Atravessa, pesquisando sobre vibração, repetição e ruído em suportes de metal.
  • Visita de Estúdio 👁

    Attilio Fiumarella

    Attilio Fiumarella é arquiteto formado na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto. Chegou ao Porto como estudante do programa Erasmus+, vindo de Nápoles e rapidamente se apaixonou pela cidade, pela sua arquitetura e, daí, pela fotografia. 
     
    O que poderia ser uma simples visita de estúdio para se falar de fotografia, na suas vertentes documental, de arquitetura ou de exposições, tornou-se numa conversa que revelou um corpo de trabalho muito amplo, enraizado nos lugares onde foi vivendo, como Milão, Birmingham e Toronto. 
     
    De novo no Porto, no seu atelier estão objetos que o mar devolve à praia, conjugados naquilo que chamamos de escultura, para serem fotografados em estúdio e manipulados analogicamente em negativo e com recurso à cor. @attiliofiumarella desenvolve um percurso disciplinar centrado na fotografia, explorando cada vez mais a imagem na sua vertente mais artística e expandida.
  • Colectivos Pláka - Becoming Assembly

    Colectivos Pláka: Candidaturas abertas para o novo curso

    Entre os dias 9 e 14 de outubro, o programa municipal Colectivos Pláka organiza mais um curso aberto de reflexão sobre a sociedade, cultura e arte contemporânea, que terá lugar no Maus Hábitos, no Porto.
     
    Organizado por Vera Sacchetti, crítica e curadora de design sediada em Basileia (Suíça), “Becoming Assembly: On the Whys and Hows of Design Today” [Assembleia em devir: O como e o porquê do design hoje] tem um custo de participação de 50 euros e as inscrições estão abertas a partir de hoje, 11 de setembro, e até ao dia 25 de setembro.
     
    O curso “Becoming Assembly” será ministrado em inglês e português. Limitado a 30 participantes, as inscrições devem ser efetuadas, através do envio de um e-mail, para plaka@agoraporto.pt, com as seguintes informações: nome, idade, profissão ou ocupação, número de telefone, carta de motivação e CV abreviado (até três mil caracteres, com espaços, em Inglês ou Português). 
    A seleção dos participantes será feita pela organizadora do curso. 
     
    O programa completo do curso pode ser consultado no website da plataforma PLÁKA.
    Imagem: Archipelago: Architectures for the Multiverse, Geneva, 2021. Photo HEAD / Michel Giesbrecht
  • Descontos nas edições da GMP durante a Feira do Livro do Porto

    Durante o período da Feira do Livro do Porto, as edições que acompanham os projetos expositivos da Galeria Municipal do Porto estão disponíveis para aquisição a preços reduzidos. 
     
    Os descontos, entre os 20% e 30%, aplicam-se às mais de vinte publicacões editadas pela GMP e estão acessíveis exclusivamente no balcão da Galeria e na Livraria CMP.
  • Prémio Paulo Cunha e Silva: conheça as pessoas premiadas

    Já são conhecidas as três pessoas premiadas do 𝙋𝙧𝙚́𝙢𝙞𝙤 𝙋𝙖𝙪𝙡𝙤 𝘾𝙪𝙣𝙝𝙖 𝙚 𝙎𝙞𝙡𝙫𝙖! 
     
    🔸 Marilú Mapengo Námoda, foi selecionada para a residência no Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas, nos Açores.
    🔸 Luis M. S. Santos, escolhido para o espaço Cove Park, na Irlanda.
    🔸 Kent Chan, contemplado com uma residência na Pivô Arte e Pesquisa, no Brasil. 

    Aceda na íntegra à declaração do júri da 3.ª edição do Prémio Paulo Cunha e Silva – Marie Hélène Pereira, Ciara Phillips e Letícia Ramos –, aqui.
  • GMP: Horário alargado de abertura

     Acompanhando a abertura da Feira do Livro do Porto já esta sexta-feira, a Galeria contará com um horário alargado:
     
    -Dia 25, sexta-feira: das 12 às 21 horas.
    -Dia 26 e 27, sábado e domingo: das 11 às 21 horas.
     
    -A partir do dia 28 de agosto a GMP estará encerrada, mas o balcão permanecerá aberto até 10 de setembro, das 12 às 20 horas, onde poderão consultar e adquirir as publicações que acompanham os projetos.
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    Nova publicação: Os Novos Babilónios: Atravessar a Fronteira

    Já está disponível a versão em livro do projeto expositivo “Os Novos Babilónios: Atravessar a Fronteira”, apresentado em 2021, com curadoria de Pedro G. Romero.
     
    Leia a notícia na íntegra, aqui.
  • Desejos Compulsivos, para ler, na Contemporânea

    Já está disponível para ler a mais recente reflexão sobre Desejos Compulsivos, escrita por Maria Kruglyak, na Contemporânea.
     
    Para aceder, clicar aqui.
  • Desejos Compulsivos, em destaque, no Público

    A exposição patente na GMP, com curadoria de Marina Otero Verzier, em destaque num artigo escrito por Aline Flor, no jornal Público. 
     
    Leia todo a notícia, aqui.
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    Laboratorre

    Laboratorre é um programa de workshops e residências artísticas localizado num antigo laboratório  no cais de Quebrantões, construído para albergar a supervisão da construção da Ponte de São João nos anos 90. A ocupação deste lugar pelo Coletivo Constructlab, que reúne arquitetos e designers, tem sido recebido summer-schools entre faculdades de arquitetura, urbanismo e arte (de Portugal, Austria e Holanda), workshops para crianças (ao qual chamaram de Bichos Eletrónicos) e visitas guiadas.
     
    Durante esta visita, Patrick Hubmann, com Luise Keffel, partilharam a vontade em continuar a criação de projetos multidisciplinares com a comunidade local, que inclui a (auto)construção de espaços de encontro e lazer para famílias, mas também de um arquivo de memórias e histórias daqueles que sempre ali viveram, "mesmo antes da ponte".
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    Dalai

    Desde a sua chegada ao Porto, em 2018, que Dalai (Rio de Janeiro, 1997) tem testado diferentes formas de intervir na paisagem urbana portuense. 
     
    Consciente do potencial de transformação social pela arte, através da pichação, do grafiti e da pintura, Dalai procura criar espaços de ressignificação e diálogo na cidade. A particularidade do seu “tag” – um autoretrato de uma linha só – sintetiza problemáticas interseccionais que vão da subjetividade do artista enquanto homem, negro e residente em Portugal, às reminiscências histórico-coloniais que ecoam no quotidiano urbano. 
     
    Outros tema, como os violentos processos de gentrificação e descaracterização que o Porto enfrenta, são também explorados pelo artista através da sua prática que propõe a “descolonização da cidade através de intervenções urbanas transgressoras”.
  • Visita de Estúdio 👁

    Teresa Adão da Fonseca

    Entre materiais orgânicos, cores e outros elementos naturais, a prática de Teresa Adão da Fonseca reaje ao tempo e ao espaço, numa constante investigação por técnicas e conhecimentos ancestrais.
     
    Diz-nos que é no fazer contínuo que se situa – nessa intermitência temporal –, onde os meios se cruzam e se transformam, seja pela pintura, o desenho, a escultura, a fotografia ou a instalação. À fertilidade e crescimento do mundo natural, Teresa Adão da Fonseca cruza a sua própria experiência enquanto mãe, desbravando as possibilidades de se estar com o mundo.
     
    Neste atlas de relações, é para si essencial o trabalho em comunidade, que se desdobra em iniciativas educativas e sociais. É o caso de Projectos em Colectivo, que conta com o apoio da Direção-Geral das Artes, que promove a sensibilização para as artes, através da expressão artística e movimento corporal em Estabelecimentos Prisionais.
  • 25 de março, às 17 horas

    Desejos Compulsivos - Conversa com Cheila Colaço Rodrigues, G.I.T. — Grupo de Investigação Territorial e Marina Otero Verzier

    No dia de abertura foi exibido o filme Montanha Invertida, presente na exposição, seguida de um debate aberto à participação sobre os efeitos dos projetos de mineração previstos para o Norte de Portugal. 
     
    Moderada pela curadora Marina Otero Verzier, contou com a presença de Cheila Colaço Rodrigues, em representação da associação XR e Minas Não e o coletivo  G.I.T. — Grupo de Investigação Territorial, responsável pela produção do filme. 
     
     
     
    Entrada gratuita.

    Poeta e ativista interseccional, Cheila Colaço Rodrigues integra a associação Extinction Rebellion Portugal XR e Minas Não. Tem vindo a desenvolver um trabalho de mediação e capacitação de comunidades para a auto-gerência, em associações como o Teatro Comunitário e Cantares do Gerês.
     
    Grupo de Investigação Territorial (G.I.T.) é formado por arquitetos e investigadores que se debruçam e demonstram as implicações dos planos de extração de lítio em curso no Norte de Portugal e que afetam diretamente o território de Covas do Barroso e as comunidades que aí vivem. 
    O coletivo é formado por Antonio del Giudice, Godofredo Enes Pereira, Jacob Bolton, Mingxin Li e Tiago Patatas.

    Imagem: Dinis Santos
  • 25 de março, às 19 horas

    Psych Op Pump

    A instalação Psych Op Pump, criada pelo artista, compositor e encenador Jonathan Uliel Saldanha, transforma o espaço da galeria numa montanha invertida, criando uma ilusão de um lago sem fundo num ambiente de alta toxicidade. 
     
    No dia da inauguração a peça foi ativada através da interpretação do poeta e performer Igor Borovsky, com quem Saldanha tem vindo a colaborar desde 2014.
    Entrada gratuita.

    Na fronteira entre as artes sonoras e as visuais, Jonathan Uliel Saldanha investiga as áreas de intersecção entre territórios artísticos, explorando tensões entre o sintético e a paisagem. O seu trabalho tem sido apresentado em diversos contextos de programação como o Centro Cultural de Belém, Palais de Tokyo, Culturgest e Teatro Municipal do Porto, ou festivais como Unsound, Le Guess Who?, Sónar ou Primavera Sound.
  • 21 de março, 19h30

    Favela Discos apresenta Mantra de Retalhos

    O lançamento da programação contará com um live set pelo coletivo portuense Favela Discos, na sequência do trabalho de investigação e criação musical desenvolvido durante o ano de 2022 na Fonoteca Municipal do Porto.
     
    Intitulado “Mantra de Retalhos”, o projeto sonoro foi criado a partir do acervo da FMP que, para além da apresentação na terça-feira, resultará numa série de podcasts que serão lançados ao longo do ano. 
    Entrada gratuita sujeita à lotação do espaço.
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    Ani Schulze

    Ani Schulze é artista alemã, viajante por geografias diversas, que tem transitado entre Colónia e Porto. Trabalha com a exigência da pintura e da cerâmica, expandindo a sua prática ao vídeo, desenho, aguarela ou impressão em seda, meios através dos quais cria e reinventa personagens humanas ou animais, que se metamorfoseiam ou petrificam.
     
    Entre a similitude com a vida quotidiana – o banho, o piquenique, o cuidar –, e a magia do trivial – encantadores de serpentes, apicultores exaustos, adolescentes que brincam –, Ani Schulze recria os mundos oníricos que circundam o seu imaginário.
     
    Está neste momento a realizar um filme a partir da peça "The Convent of Pleasure", uma utopia feminista de Margaret Cavendish, famosa escritora do séc. XVII que impulsionou o género literário da ficção científica.
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    Jade Rocha

    O percurso artístico de Jade Rocha começa do outro lado do oceano e parte de um desvio da sua formação inicial, em Letras. Apesar do deslocamento territorial e disciplinar, é através da palavra, escrita ou falada, que a artista brasileira encontra um ponto de convergência entre as experiências e os suportes para as suas produções. Fragmentária e multimedial — performance, pintura, fotografia, tatuagem — Jade fala da sua prática como um amplo e contínuo exercício de mapeamento de si e das suas identidades. 
     
    Orientada pela espiritualidade, e numa relação íntima com os elementos naturais, a artista desafia a rigidez dos ritmos, das temporalidades e dos enquadramentos normativos do dito sistema da arte. Além da leitura e da escrita, Jade destaca o Afro-Surrealismo e a literatura de ficção científica como algumas das suas influências.
    linktr.ee/jaderocha

    Imagem: Duda Afonso
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    berru

    Visitamos o atelier do coletivo berru, composto atualmente por Bernardo Bordalo, Rui Nó e Sérgio Coutinho, em Campanhã. Um espaço multidisciplinar com um miradouro improvisado e uma vista ampla sobre a zona oriental da cidade. 
     
    A partir deste lugar, têm desenvolvido uma investigação sobre a vegetação espontânea da zona, face ao desenvolvimento das construções que se projetam para a área. Chamaram-lhe de projeto Feeling Flora (em colaboração com Gui Flor, Diogo Coelho, Miguel Mesquita e João Ferreira), onde refletem sobre a realidade, a agência e a “vida privada” de entidades não-humanas —rejeitando a visão antropocêntrica de pensar e agir sobre o mundo— e a urgência de, com elas, estreitar laços de proximidade e intimidade. 
     
    O plano integra percursos pela área, como é o caso do próximo dia 11 de março, que se inicia no Monte da Bela, e culmina na Calçada de São Pedro com uma performance musical. Será ainda lançada uma publicação sobre o projeto, que conta com o apoio do Criatório.
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    Jazmin Giordano

    De Buenos Aires para o Porto, Jazmin Giordano traz consigo um percurso diversificado – das exposições e feiras de arte, à formação e workshops em pintura. Por isso mesmo, o seu trabalho não se detém em nenhuma linguagem plástica particular, explorando o "conflito" através da conjugação de meios e elementos que provoquem estranheza.

    Frascos de detergentes alados, telas com animais que se transformam em flores gigantes, anúncios que seduzem fiéis para congregações religiosas ou empresas; tudo com a influência das linguagens artísticas das periferias das cidades por onde passou.
     
    Gosta da provocação Kitsch que, juntamente com o humor, usa para maximizar os temas e práticas menores da dita “história da arte”. Nas suas obras o comentário social, o absurdo, a crítica capitalista e feminista, encontram um espaço lúdico de diálogo.
     
    Em breve terá uma exposição na Pb27 Gallery onde estarão algumas destas obras-exercícios traduzidos em pintura.  
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    Mariana Morais

    Mariana Morais vive no Porto desde 2017, ano em que iniciou o Mestrado de Arte e Design para o Espaço Público na FBAUP e criou o projeto Mulheres Sem Cabeça, uma cartografia que se serve do Mapa de Arte Pública do Porto para questionar a ausência da representação à mulher artista ou homenageada. 
     
    Através de exercícios de colagem, associações de palavras e narrativas imaginadas, Mariana percorre a estatuária do Porto, explicando por que razões as estátuas perdem a cabeça, ou estão à beira de um ataque de nervos. 
     
    Estendendo esta investigação sem fim a colaborações como a Associação Amigos da Praça do Anjo ou o projeto Presente, de Virgínia Diego, a artista e arquiteta continua a bordar diferentes percursos, a esculpir pequenas personagens acéfalas e a fazer inquéritos aos transeuntes sobre monumentos e vandalismo. 
     
    Se na rua virem uma criatura com a cabeça em chamas, parem e conversem com ela, talvez seja a Mariana Morais.
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    Thomas Szott

    Um boneco de pano em escala natural com um orifício no peito revela a ausência de um suposto coração: “persona non grata”. Pequenas telas arquivadas no canto de um armário; um retrato vermelho, duas vezes incendiado, pela tinta e pela luz que se projeta na janela; capas de desenho e cadernos empilhados. 
     
    Uma enorme paisagem interrompe a monotonia do corredor que conduz à mesa de trabalho. Cheira a incenso e diluente. Tudo parece remeter para a densidade do sonho. Estamos no atelier do artista Thomas Szott. 
     
    Nascido no Brasil, Thomas Szott mudou-se para o Porto para realizar um mestrado na FBAUP. A sua prática, de tom confessional e autobiográfico, move-se entre a escrita, o desenho, a pintura e a escultura. Temáticas como solidão, desamor, vivências e traumas são recorrentes nas suas obras.
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    Mónica Faria

    Mónica Faria, quando se autodefine, não distingue a prática escultórica, da de educadora. Entrelaçam-se, como os fios de um tear, que conhece bem desde criança: com as aprendizagens da família, a mãe tapeteira e o pai fundidor; com o lugar, pelas escolas onde desenvolveu ações de arte-educação; e, ainda, com o processo artístico e criativo. 
     
    Diz trabalhar ao ritmo das emoções, em função das relações que estabelece. Recolhe objetos, histórias e experiências, sobretudo o conhecimento oral passado de mãe para filha, como é o caso do seu próprio saber, transmitido com o mesmo tempo da fiação, do tingimento e da tecelagem.
     
    No dia 11 de março, apresentará no espaço da Cooperativa Árvore a exposição “Vencer o Medo”. Até 28 de fevereiro a sua exposição “Cultura Instável”, pode ser vista no Museu Nogueira da Silva, em Braga.
  • 4 de fevereiro, 16h00

    Visita guiada à exposição com Filipa Ramos

    No sábado dia 4 de fevereiro, Filipa Ramos, diretora artística da Galeria Municipal do Porto, fará uma visita guiada à exposição "Derivas e Criaturas".
    Entrada livre

    Atividade sujeita a inscrição prévia, através do e-mail galeriamunicipal@agoraporto.pt.
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    Hilda de Paulo

    Hilda de Paulo é artista, historiadora de arte, escritora e curadora independente, travesti terceiro-mundista e ecotransfeminista decolonial. Natural do Brasil, reside no Porto desde 2008. O seu percurso, marcado pela multidisciplinaridade, cruza a escultura, a performance e a pintura expandida, mas também o teatro e a escrita ensaística.

    Hilda de Paulo trabalha sobretudo a partir de casa, destacando nas suas obras a dimensão material e simbólica do doméstico; o pequeno formato e a reutilização de objetos quotidianos, coloca em questão o acesso aos recursos, equipamentos e lugares públicos. Na intimidade do seu atelier, através de paisagens fabuladas, monumentos e criaturas inventadas—obras ainda desconhecidas do público que dão forma à sua imaginação radical—acedemos ao seu universo e coração travesti.  
     
    A sua obra integra a exposição coletiva "Derivas e Criaturas" que pode ser vista atualmente na GMP. Na próxima quinta-feira, dia 2 de fevereiro, inaugurará a exposição EU COMO VOCÊ, em conjunto com Tales frey, no Maus Hábitos.
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    Dalila Gonçalves

    No atelier de Dalila Gonçalves reconhecemos um espaço de trabalho onde, de forma totalmente livre, se ativam múltiplas relações entre objetos, matérias e formas. 
     
    É do encontro entre materiais naturais, artificiais, industriais e manufaturados, cruzando a repetição, a acumulação e a experimentação que a sua prática se situa. A performatividade dos objetos e formas que daí surge, transmite uma clara vontade em refletir os limites da metamorfose, numa lógica contínua de trabalho onde a fronteira do espaço do atelier e da sala de exposições se dilui e expande.
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    Nara Rosetto

    Fomos visitar o atelier de Nara Rosetto, artista natural do Brasil a residir no Porto, onde desenvolve o seu projeto de mestrado “Diário Invisível”, na Faculdade de Belas Artes do Porto. 
     
    Assumidamente autorreferencial, o seu trabalho parte do diagnóstico de uma doença autoimune cujo principal sintoma é a dor crónica, vivência a partir da qual explora temáticas como a vulnerabilidade, a invisibilidade e os diferentes tipos de dor associados ao corpo. 
     
    O seu processo criativo, baseado na acumulação de objetos diversos e na escrita diarística, remete para uma temporalidade particular também presente nos suportes e técnicas que utiliza, como os têxteis (bordado, croché), a fotografia, o vídeo e a performance.
  • Derivas e Criaturas abre ao público no próximo dia 19 de janeiro

    “Derivas e Criaturas — Novas aquisições da Coleção Municipal de Arte” abre ao público no próximo dia 19 de janeiro, às 19h00. A entrada é gratuita. 

    Saiba mais, aqui.
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    Ivana Sehic

    Ivana Sehic cresceu na Croácia, formou-se em arquitetura e artes performativas em Londres e vive no Porto, onde o desenho e a construção de cenografias são uma parte importante do seu trabalho.
     
    O seu dia-a-dia é passado no Atelier Caldeiras, onde ensaia em maquetas as suas instalações espaciais, recorrendo a materiais “de ciclo infinito” como o barro, o gesso ou os tecidos.
    O corpo, tanto o seu como os das pessoas com quem colabora, faz parte da sua investigação académica, à qual chamou "Deviated Rituals". É na performance, no teatro e na música que Ivana explora a capacidade ritualística e transformadora da prática artística no âmbito de temas tão duros quanto humanos, como o luto, a perda ou a doença.
  • Festival londrino de ecologia e arte na cidade do Porto @Umbigo Magazine

    Ana Martins acompanhou os dois dias do festival "The Shape of a Circle in the Dream of a Fish" e escreveu sobre o projeto na Umbigo Magazine.
     
    Para ler na íntegra umbigomagazine.com
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    A Pele

    A visita ao coletivo Pele levou a equipa da GMP até Azevedo, em Campanhã, onde se sobrepõem e rasgam geografias urbanas e rurais: as vias rápidas com o rio Torto, o casario com o bairro, o supermercado com a horta.
     
    É a partir dessa complexidade territorial e social que o coletivo representado por Carina Moutinho, Fernando Almeida e Rodrigo Malvar partilham os últimos anos de trabalho e a necessidade em procurar um tempo e um lugar diferente. Recuperaram uma antiga adega e construíram, de raiz, outras estruturas que dão um novo uso às leiras, como um palco, um abrigo-arquivo e uma sombra, propondo estabelecer o diálogo entre as comunidades residentes (humanas e mais-que-humanas) e criadores nacionais e internacionais. 
     
    Juntos, têm vindo a estabelecer afetividades com diferentes gerações, a despertar mudanças para um espírito mais crítico, a privilegiar o acesso à educação e cultura e a promover uma criação artística de pensamento mais sustentável.
  • Galeria Energia: cruzando arte, ciência, música e natureza @Canal180

    O Canal180 falou com Filipa Ramos sobre o ciclo Galeria Energia, que tem vindo a ser apresentado em diferentes espaços e que se extenderá para o início de 2023.

    Clique aqui para ver o vídeo na íntegra.
  • O Apocalipse visto da Amazónia é o tema da próxima conferência da Galeria Municipal do Porto

    Inserido no ciclo Galeria Energia, o encontro “Outros Antropocenos – O Apocalipse visto da Amazónia” acontece já na próxima quinta-feira, dia 15 de dezembro, e será apresentada por Patrícia Vieira.

    Leia toda a notícia, aqui
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    Cru Encarnação

    Transitando pelos campos da performance e da escrita, Cru Encarnação trabalha na construção de imaginários ficcionais e especulativos para questionar a fragilidade do real. Com base nos seus estudos em Fenomenologia e Filosofia Feminista da Ciência, na Freie Universität de Berlin, Cru propõe uma análise da gestualidade do corpo, a manipulação dos objetos e a perceção sensorial dos materiais e os seus múltiplos significados. 
     
    Esta a investigação que Cru tem vindo a desenvolver numa residência no espaço da Pedreira, culminou na performance "The back of Five", apresentada no festival "The Shape of a Circle in the Dream of a Fish".
  • Utopias para Realistas – Outros Antropocenos – O Apocalipse visto da Amazónia, por Patricia Vieira, @Umbigo Magazine, por Mafalda Ruão

    A propósito da sessão Galeria Energia da próxima quinta-feira, Patrícia Vieira partilha algumas ideias por detrás da sua investigação, numa entrevista à UMBIGO, conduzida por Mafalda Ruão.

    O artigo pode ser lido na íntegra, aqui.
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    Rebecca Moradalizadeh

    Rebecca Moradalizadeh diz ter múltiplas identidades: “mulher-portuguesa-iraniana-artista-performer-cozinheira”. 
     
    No constante cruzamento destas diversas facetas, para além da sua prática artística, desenvolve projetos educativos e de curadoria, muitos deles em colaboração, como é o caso do PING!, o projeto educativo da GMP. Tem também desempenhado um papel ativo nas lutas civis pelos direitos da mulher que se fazem ouvir no Irão e que se refletem numa comunidade de emigrantes em Portugal. 
     
    Através do seu projeto artístico, mantém uma relação com a família paterna que vive em Kerman na construção de um arquivo que se faz de memórias, de paladares, de álbuns e de aprendizagens, como o bordado, a gastronomia, ou a escrita persa.
     
    No passado dia 25 de novembro, no espaço Rampa, Rebecca Moradalizadeh inaugurou “Behind the Veil”, uma exposição que cruza estes universos e os coloca em diálogo com o contemporâneo, demarcando e refletindo sobre as tensões entre o ocidente e oriente.
  • O PING! lança podcast com artistas, curadores e jovens estudantes

    Os projetos do PING! podem agora ser ouvidos em formato podcast!
     
    Um grupo de jovens adultos, entusiasmados pela atividade artística do Porto, têm vindo a acompanhar as iniciativas do PING! e são responsáveis por um conjunto de episódios que irão sendo lançados até ao final do ano.
     
    O primeiro já está disponível online, e acompanha um percurso guiado por Pablo Berástegui (produtor cultural e diretor do projeto Salut au monde!) pelos projetos e espaços culturais do lado mais a norte do Bonfim.
     
    Os registos e a paisagem sonora são criados pela artista Mariana Sardon.

    Para ler na íntegra, aqui.
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    dose

    Criada em 2018 por um grupo de estudantes da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, a dose  é um projeto expositivo em formato de publicação impressa e online onde cada número conta com a contribuição de 12 artistas. 
    Com uma tiragem semestral, a dose propõe criar um espaço para a arte, e não sobre arte, valorizando a criação enquanto experiência sensível, para além do raciocínio teórico. Sem premissas conceptuais, cada edição nasce da vontade de fazer de cada artista onde a cor atua como elemento unificador. Contam-se já nove.
     
    Nos últimos anos, o coletivo atualmente composto por Maria Miguel Von Hafe, Mariana Rebola e Margarida Oliveira tem evoluído para novas experiências, cruzando o trabalho editorial e a curadoria de exposições. O lançamento da revista dose nr. 09 foi no passado dia 19, no estúdio PADA, no Barreiro.
  • Filipa Ramos, sobre ecologia e arte

    Em entrevista à Coffeepaste, Filipa Ramos partilha as ideias por detrás do Festival 𝙏𝙝𝙚 𝙎𝙝𝙖𝙥𝙚 𝙤𝙛 𝙖 𝘾𝙞𝙧𝙘𝙡𝙚 𝙞𝙣 𝙩𝙝𝙚 𝘿𝙧𝙚𝙖𝙢 𝙤𝙛 𝙖 𝙁𝙞𝙨𝙝, que irá acontecer já este fim de semana, sábado e domingo, na Galeria da Biodiversidade - Centro Ciência Viva.
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    Gil Delindro

    O deserto do Sahara, as paisagens brancas da Sibéria ou o Vietnam Rural, são alguns dos lugares que Gil Delindro  percorreu como parte integrante da sua prática artística, que se tem debruçado sobre questões de ecologia, geologia e antropologia. Materializados em peças escultóricas e sonoras, condensam os efeitos arbitrários do tempo, da erosão e das condições atmosféricas.
     
    Apresentou no Espaço MIRA  o projeto expositivo "Marégrafo", um dos projetos apoiados pela bolsa de apoio do Criatório de 2021. Ao longo de sete meses, captou e monitorizou o fluxo e refluxo das marés no Marégrafo da Cantareira e Barra do Douro, resultando em obras que sublinham a história do mar e da tentativa de dominar e compreender um território que suscita medo e simultaneamente admiração.
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    José Vale

    Visitamos o estúdio de José Vale, um artista de música experimental e improvisada. Como guitarrista, explora técnicas estendidas, feedbacks e sons processados, para viajar pela música psicadélica e noise.

    José Vale é co-fundador da editora DIY CARA PODRE, criador e compositor da banda Lucifer Pool Party, e toca como side-man em projetos como Unsafe Space Garden e Davide Lobão.
  • Festival londrino de ecologia e arte chega pela primeira vez ao Porto

    Organizado pela Galeria Municipal do Porto em colaboração com o programa General Ecology da Serpentine Galleries, The Shape of a Circle in the Dream of a Fish decorre na Galeria da Biodiversidade, no Porto, nos próximos dias 26 e 27 de novembro. A entrada é gratuita.

    Saiba mais, através deste link.
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    Aura da Fonseca

    Para Aura da Fonseca, o movimento lento atua enquanto ação transformadora. 
     
    Artista visual e performer, tem vindo a explorar questões de identidade e sustentabilidade, através de uma cuidada reflexão sobre si mesma e sobre o mundo. Do movimento, à cenografia e ao som, passando pela escolha criteriosa da indumentária, as suas apresentações resultam em profundas experiências sensoriais. É o caso da performance 7≈8, apresentada em outubro na mala voadora, e que transportou o espectador para um universo imersivo, onde os mais simples atos revelavam a potência e complexidade do gesto.
     
    Aura completou um mestrado em Performance Making pela Goldsmiths, em Londres, e tem vindo a colaborar com artistas como Alessandro Bosetti, em Serralves, ou com Raimund Hoghe, numa das suas últimas apresentações no Teatro Rivoli, entre outros. 
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    Carlos Pinheiro

    Carlos Pinheiro começou com a escultura. Na FBAUP aprendeu as ferramentas para esculpir corpos e criar cenários para teatro. Recentemente, iniciou-se na pintura com uma série centrada numa figura ficionada, maléfica, que vê o mundo sem sair do seu lugar. Este "preconceituoso total", como nos conta, sofre diversas justiças poéticas num mundo criado e imaginado por si mesmo.
     
    Carlos é um contador de histórias. Prefere o óleo, porque no dia seguinte “a tinta ainda mexe” e volta sempre à escultura para “alterar tudo”. Os corpos humanos-bichos que imagina se materializam-se tanto na superfície plana como em camadas de pasta de papel e madeira.

    Prepara-se para apresentar, em dezembro, uma exposição no Clube de Desenho, no espaço da Rua da Alegria.
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    Joana Magalhães

    Fomos conhecer a prática de criação da artista e performer Joana Magalhães, que tem trabalhado como encenadora e intérprete na área do teatro e das artes performativas e, mais recentemente, tem vindo a intersectar a sua prática com as artes plásticas. Através da colaboração com artistas e pensadores, a sua pesquisa aborda os conceitos de princípio e de fim na literatura, na oralidade, na mitologia e nas fantasmagorias. 
     
    Um dos projetos vencedores do Criatório 2021 pode agora ser visitado na Culturgest do Porto, numa exposição que é uma reunião de muitas leituras, de ensaios e de referências como que abandonados em palco no final de uma peça de teatro. A força lúdica do conjunto permite que nos apoderemos de tudo o que lá está. Será uma miragem? 
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    Fernando P Ferreira

    Visitámos o atelier de c, arquiteto e investigador que tem vindo a cruzar o pensamento urbanístico e a arte, através de práticas sociais, da escrita e colaborações várias.
     
    Fernando tem trabalhado sobre uma fábrica têxtil centenária em Pevidém, Guimarães, tentando compreender a evolução de um complexo industrial marcado pela arquitetura e a política modernas e o seu impacto na vida das operárias que nele trabalhavam. Identificando espaços destruídos e reconstruídos, espaços comuns, limitados ou interditos, imagina as vidas que por lá passaram a partir das salas e dos aparelhos de trabalho.
     
    Colaborando com tecedeiras e artistas, o arquiteto revela as suturas e os rasgos que as malhas industriais apresentam. Fala-nos em “desbordar” como forma de apagar, desenhando, os mapas destes lugares, que muitas vezes escondem as vicissitudes da hierarquia.
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    Pisitakun Kuantalaeng

    Fomos ao A Leste e conversamos com Pisitakun Kuantalaeng, artista tailandês que vive atualmente no Porto.
     
    A sua prática situa-se numa estreita relação entre as artes visuais e a música, recusando padrões ou sistemas de classificação pré-estabelecidos. A consciência crítica do que o rodeia, intensamente ligada aos acontecimentos históricos e políticos do seu país e, por extensão, ao atual retrocesso global dos sistemas democráticos, materializam-se nas mais variadas formas: dos sintetizadores a murais em azulejos, cruzam-se imaginários atentos ao quotidiano, abrindo espaço para a especulação, para a disrupção e para o questionamento. 
     
    Em 2021 Pisitakun participou no programa InResidence, dos Colectivos Pláka, no espaço da Rua do Sol.
  • Música, arte, ciência e ecologia cruzam-se na Galeria Energia, no Porto

    Filipa Ramos partilha a nova programação da Galeria Energia, numa entrevista conduzida por Mariana Duarte.
     
    Para ler na íntegra aqui.
  • Duas performances fecham curso de Mårten Spångberg

    Hoje foi lançada a nova programação da 𝙂𝘼𝙇𝙀𝙍𝙄𝘼 𝙀𝙉𝙀𝙍𝙂𝙄𝘼!
     
    O momento teve lugar no pátio do Círculo Católico de Operários do Porto (CCOP), e contou com Filipa Ramos, que revelou as iniciativas definidas até fevereiro do próximo ano, e também com a dupla Landra, que apresentou o projeto "A Fundo na Paisagem" e que dá início a esta segunda parte da Galeria Energia.
    Mais informações no website dos Colectivos Pláka.
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    Colectivo Bergado

    No cruzamento de duas realidades criativas distintas – as artes visuais e a música – surgiu em 2016 o Colectivo Bergado, que tem focado boa parte do seu trabalho nas áreas da pintura e performance musical, com diferentes influências e vertentes. Uma delas é o projeto musical Terebentina que, tal como a palavra original, dilui barreiras entre elementos e matérias. Aqui, mistura-se o som com a paisagem do Porto e o trabalho de artistas exteriores à cidade.
     
    Visitámos o atelier de Guilherme Oliveira, vocalista do grupo, onde ficámos a conhecer o trabalho e projetos futuros do Bergado, assim como o processo de criação do seu primeiro álbum de estúdio, "Um palmo acima do chão". Gravado no CCOP, o álbum conta com a colaboração do músico neozelandês Michael Morley, membro dos The Dead C, e produção de Jorge Queijo e Francisco Oliveira.
     
    O Bergado criou ainda a editora online Berga Malhas, que reúne o eclético repertório sonoro do Colectivo.
     
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    A Piscina

    Nas últimas décadas, a cultura urbana do Porto tem demonstrado a força e vontade para se ativarem espaços que vão ficando esquecidos na cidade. Já se fizeram exposições em quartéis devolutos ou debates em antigas salas de bilhar. Recentemente, um outro lugar improvável, uma piscina. Construída nos anos 30, foi esvaziada da sua função há alguns anos e, de novo, cheia com uma nova programação.
     
    Em plena pandemia, quatro amigas ligadas à dança, ao teatro, e à produção de projetos com a comunidade, resolvem levar avante a ideia de criar A Piscina. Carolina, Eduarda, Lea e Maria Inês apresentam uma agenda com aulas de dança contemporânea e movimento para atores; workshops para famílias, yoga e escrita criativa. Em breve querem criar o primeiro espaço de trabalho para coreógrafos e performers.
     
    A convocatória está lançada: “não se levem demasiado a sério, saiam da zona de conforto e tomem consciência da fisicalidade, da energia e do movimento dos vossos corpos”.
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    Odair Monteiro

    É entre negativos fotográficos, reveladores e sais de prata que encontramos grande parte da prática fotográfica de Odair Monteiro.
     
    Nasceu em Cabo Verde e foi em Lisboa que estudou Ilustração e Fotografia. Mudou-se para o Porto há 7 anos e é em Campanhã, na encosta de Nova Sintra, que montou o seu estúdio de realização e de impressão. Ao longo dos anos, tem vindo a integrar diferentes projetos, como o Coletivo GMURDA, que tem vindo a explorar a performance, o som e o vídeo, e que apresentou a exposição “Trabalho Nenhum”, no espaço Rampa, em 2021. 
     
    Fotografa, e por vezes filma, estruturas arquitetónicas devolutas, ou ruínas industriais, mas não só. Interessa-lhe uma espécie de intermitência no quotidiano da vida, sem ter de procurar um propósito para tal, ou até uma razão poética ou política para justificar o que vai criando. 
  • Visita de Estúdio 👁

    Oficina Mescla

    Em 2019, a Alexandra Rafael e o Tomás Dias tinham o mesmo sonho, o de criar uma oficina de gravura no Porto. É assim que surge a Mescla, fruto da troca de saberes e experiências entre gerações diferentes, mas com a mesma vontade de fazer e explorar mais.
     
    Encontraram o espaço ideal no centro da baixa portuense. Conscientes do património industrial, reativam máquinas centenárias, não fossem as técnicas de impressão acompanhando a história há séculos. E como o saber não ocupa lugar, aqui se aprendem os mais diversos processos: da serigrafia, à calcografia, passando pela litografia, a xilogravura ou a linogravura. É bem-vindo quem queira experimentar, ou somente quem precise de espaço para pôr em prática os seus projetos. 
  • Colectivos Pláka

    Candidaturas ao novo curso dos Colectivos Pláka até ao próximo dia 16 de setembro

    Até 16 de setembro, performers e pessoas que trabalhem na área da dança ou com particular interesse no corpo e movimento podem inscrever-se no curso “The Climate, The Worry, The Dance” (O clima, a inquietação, a dança), que terá lugar na Galeria Municipal do Porto de 28 de setembro a 1 de outubro e de 12 a 15 de outubro.
     
     
    Mais informações em plaka.porto.pt.
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    Elvira Leite

    Elvira Leite estudou pintura na FBAUP. Desde os anos 1960 que luta pela mudança de um país, na altura pobre e analfabeto, acreditando que a escola deveria ser complementada por práticas criativas e próximas da Arte.
     
    Nos primeiros anos que seguiram a revolução de 1974, acompanhou os processos que promoviam melhores condições de vida e habitação, como o SAAL, concretizando projetos de desenvolvimento criativo no Bairro da Sé, no Porto. "Quem te ensinou? — Ninguém", é o nome da exposição que revisita o projeto e que está, também, publicada pela Pierrot Le Fou.
     
    Nos anos 1990, integrou os primeiros serviços educativos de museus como o do MNSR e o da Fundação de Serralves. Escreveu, em co-autoria, livros sobre ensino artístico e também livros-jogo para crianças, famílias e escolas.
     
    Hoje em dia, a sua energia contagiante e vontade em partilhar permanecem intactas. Ainda há muito para fazer e ensinar. "Nunca dei duas aulas iguais e, no entanto, as matérias eram as mesmas ao longo de muitos anos!".
  • Descontos nas edições da GMP durante a Feira do Livro do Porto

    Até 11 de setembro, continuamos pela Feira do Livro do Porto e, seja no nosso balcão ou na Livraria CMP, podem comprar as nossas publicações com descontos! 
     
    Boas leituras!
     
    📚 30%
    Apesar de não estar, estou muito / Dj Nobita Early Years 2002
    Fórum do Futuro: Vita Nova
    Musa Paradisíaca: Visões do mal-entendido
    Musonautas, Visões & Avarias: 1960-2010: 5 décadas de inquietação musical no Porto
    Nets of Hyphae
    Politics of Survival
    Post-Nostalgic Knowings 
    P. Uma Homenagem a Paulo Cunha e Silva
    Quatro Elementos
    O ontem morreu hoje, o hoje morre amanhã
    Transantiquity
     
    📚 20%
    9kg de Oxigénio
    Máscaras (Masks)
    PANDEMIC – I Don’t Know Karate But I know Ka-razor
    The Time(s) of Contemporaneity
    To School Out of School
    Waves and Whirlpools
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    Gui Flor

    Gui Flor descreve-se como uma artista “à procura de uma existência com o menor impacto no planeta e o maior impacto nas pessoas”, e assim o foi durante a nossa visita de estúdio, onde descobrimos, ao ritmo de uma longa conversa de fim de tarde, o seu profundo conhecimento de odores e sabores, texturas e temporalidades, sons e manifestações poéticas. 
     
    O seu projeto “exercícios de florescimento”, vencedor do apoio do Criatório deste ano, entrecruza a ecossexualidade, a transfeminilidade e as relações de afeto através de uma exploração tanto pessoal e íntima, como profundamente atenta às questões vitais do presente, como as políticas de afeto, a consolidação das identidades de género e a necessidade de viver de modo harmónico e sustentável com o planeta. 
  • Horário do balcão da GMP durante a Feira do Livro

    Durante o período da Feira do Livro do Porto, até 11 de setembro, o horário de abertura do balcão da GMP extende-se entre as 12 e as 20 horas, onde poderão consultar e adquirir as edições da Galeria.
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    João Pedro Trindade

     A escala do atelier de João Pedro Trindade  é a da cidade. Lá fora o campo de estímulos é tão maior, quase infinito, que o estúdio entre quatro paredes é onde se limam arestas e se testam e armazenam materiais. Como um íman, é atraído pelos pormenores mais impercetíveis das ruas, que só o olhar treinado antevê como campo de possibilidades.
     
    Estudou pintura na FBAUP mas cedo concluiu que um só meio não seria suficiente. Também usa o cartão prensado, o gesso, o alumínio, o serrim. Trabalha em séries. Recolhe tapetes e passadeiras vermelhas das ruas e apresenta-as com a mesma dignidade de uma pintura. Resgata os papéis de alumínio descartados, de bombons, e grava neles o que o olho vê, mas não dá conta: grandes áreas de chão, de parede, pequenos detalhes, ou um qualquer objeto, todos eles prensados pela força do martelo.
     
    João Pedro Trindade tem vindo a colaborar em projetos de divulgação cultural como a Painel, a Nartece e Sismógrafo, onde recentemente apresentou a exposição “Under the Rug”.
  • Galeria Municipal do Porto lança nova publicação em formato vinil

    Depois da exposição de Luís Lázaro Matos apresentada em 2020, "Waves and Wirlpools" está disponível para ler e ouvir.
     
    Com curadoria de Martha Kirszenbaum, o projeto expositivo nasceu do fascínio do artista pela mitologia do mar. Sendo a música uma das principais componentes da sua prática, Luís Lázaro Matos inspirou-se nos sete temas do seu álbum, “Waves and Whirlpools”, para criar os sete dípticos que constituíram a exposição homónima no espaço da Galeria Municipal do Porto.
     
    O projeto editorial condensa o álbum musical e é acompanhado por contribuições textuais do artista e curadora da exposição, assim como do curador Raphael Fonseca.
     
    A publicação está disponível para compra no balcão da Galeria Municipal do Porto, ou por correio, através do email galeriamunicipal@agoraporto.pt.
  • Reabertura do balcão de atendimento

    O balcão da Galeria Municipal do Porto reabriu a partir de hoje, onde poderá consultar e adquirir as edições que acompanham os projetos expositivos e programas públicos!
     
    Relembramos que o projeto Encontros à Superfície continua presente na fachada do edifício da GMP, com a obra de Catherina Lisovenko.
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    Teresa Arêde

    A prática de Teresa Arêde  desenrola-se a partir de duas linhas: a das ferramentas das artes—como o desenho, a fotografia, a gravura ou a escultura—e a da potência da voz, instintiva e singular, marcada pelo estudo musical clássico.
     
    Um sem fim de imagens habitam o seu espaço de trabalho. Interessa-lhe repensar plasticamente o artifício de óperas barrocas como as de Händel ou Monteverdi e também de outros períodos, posteriores e anteriores, investigando as múltiplas leituras da história.
     
    Conta-nos como a voz é matéria que se molda em diferentes formas, funcionando como "coluna vertebral para tudo o resto". Ainda que o canto acompanhe a humanidade, cabe à imaginação conceber o que não foi registado, escrito, nas paredes da Pré-história. E é no cruzamento com o que não se sabe que surgem as suas múltiplas ficções, conjeturas e arqueologias alternativas, exploradas em vídeo, áudio ou em cacos de barro e gesso.
     
    Teresa Arêde estudou arte na Faculdade de Belas Artes da U. do Porto e no Royal College of Art e Canto Lírico na Guildhall School of Music & Drama.
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    Rita Senra

    Ao entrarmos no atelier da Rita Senra, sente-se o cheiro da tinta e das cascas de laranja que se espalham na mesa de trabalho. Entre os papéis coloridos, uns com listas e dobras, encontram-se os desbotados, marcados pelos anos. É nessa intermitência, a da passagem do tempo, que a sua prática se move, aceitando-o como é: necessário e sem bússola, sem prazo e sem a urgência da indústria ou do capital.
     
    Prefere as matérias que parecem não ter mais lugar nos dias de hoje, seja pela sua aparente fragilidade ou falta de robustez: guardanapos, papéis esquecidos em papelarias já fechadas, sacos que já não têm uso, cascas de fruto. Dá-lhes, no seu devido tempo, a força e o caráter do material mais forte, mas não menos sensível, através de camadas de tinta em ritmos marcados, remates e suturas. Lembra o labor da costureira, que passa horas a cerzir, em compassos, mas sem o relógio no pulso.
     
    Rita Senra é natural de Barcelos e mudou-se para o Porto, onde estudou pintura na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Faz parte do Sismógrafo e participou recentemente no curso de Artes Visuais promovido pela Fundação Luso-Americana, no Arquipélago-Centro de Artes Contemporâneas, nos Açores.
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    Landra

    Landra, bolota, boleta. Filha do carvalho, da azinheira, do sobreiro. Resistente à industrialização, à globalização e à chamada modernização da agricultura, a landra manteve-se autónoma, alimentando outros animais que não os humanos e não sofrendo imposições genéticas.

    Landra é também o nome que Sara Rodrigues e Rodrigo Camacho deram ao seu percurso de vida e de arte, feito na companhia das muitas formas de vida que os desafiam e ensinam a viver de modo harmónico, complexo e equilibrado com o mundo natural. 
     
    Durante a nossa visita ao território onde vivem e trabalham, falámos de plantas, microorganismos e animais, de seca e caça, e imaginámos o contributo que a prática e metodologias da arte podem dar à criação de um modo de viver diferente. 
  • De 1 a 15 de agosto

    Encerramento temporário do balcão de atendimento da GMP

    A recepção da Galeria Municipal estará encerrada entre o dia 1 e 15 de agosto, mas é sempre possível visitar o projeto Encontros à Superfície, na fachada do edifício.
    A obra atual é de Catherina Lisovenko e poderá ser vista até ao final deste mês. 
     
    O projeto apresentará ainda intervenções de Alevtina Kakhidze e da dupla 12345678910 Studio que, tal como aconteceu nas obras anteriores, colaborarão com a artista e designer Irina Pereira criando uma zona de troca e um espaço comum entre duas realidades.
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    Jiôn Kiim

    Jiôn Kiim nasceu em Busan, na Coreia do Sul. Depois de passar por escolas de artes e residências em Dresden e Estugarda, na Alemanha, instalou-se no Porto há cinco anos.
     
    O dia-a-dia é passado no Clube de Desenho, um atelier partilhado com outros artistas, que é também um espaço de exposição. A pintura e o desenho confluem naturalmente, recorrendo a pigmentos naturais, materializado à escala dos blocos de notas e cadernos diários, ou pela do chão e das paredes.
     
    Os suportes vão do papel antigo e manchado, comprado em resmas, às réguas de soalho em madeira, que se tornam séries “que desafiam os antípodas do controlo, da disciplina, da ordem” e se vão tornando em biombos e fronteiras verticais no espaço do atelier. Enquanto espectadores, tentamos reconhecer símbolos e signos, mas a ambiguidade que advém desses gestos coíbe a interpretação, devolvendo-nos o caráter mais real da pintura.
     
     
     
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    Matias Romano Aleman

    Pinturas a óleo sobre papel, madeira e em caixas de fósforos, objetos empilhados, entre eles um corpo de vidro, cadernos, desenhos e papéis com notas escritas: estes são alguns dos fragmentos que compõem o cosmos caótico que define o atelier de Matias Romano Aleman.
     
    Natural de Buenos Aires, vive no Porto desde 2020. Como um respigador, é nas ruas da cidade e nos objetos que encontra que busca inspiração para o seu trabalho, cruzando as memórias dos outros com as suas, aliadas à música que ouve e aos livros que lê. As peças que cria, sejam elas planas ou tridimensionais, revelam uma inquietação imanente e excêntrica, resultando em obras que têm tanto de real quanto de fantasia.
     
    Paralelamente, criou a plataforma "Archivo de Listas Notas y Dibujos DE La Calle" (instagram: @archivodelistasnotasydibujos), onde partilha algumas das notas, listas, desenhos e cadernos que encontra, resultando num arquivo orgânico de mensagens anónimas, mas mundanas, em permanente crescimento.
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    José Almeida Pereira

    Na visita ao ateliê do José Almeida Pereira (Guimarães, 1979), localizado numa antiga galeria comercial no centro do Porto, somos imediatamente confrontados com um processo de criação imparável, mas lento, organizado espacialmente por infinitas camadas de pintura.
     
    A sua prática revela uma obsessão pela apropriação de imagens, em particular as que reproduzem as grandes obras da História da Arte Occidental, às quais facilmente reconhecemos a autoria e localização nos grandes museus europeus. É a partir daí que o artista provoca e desafia as propriedades auráticas das grandes composições, recorrendo a distorções, fragmentações e anamorfoses, complementadas por processos tecnológicos de filtragem da imagem, traduzindo-se num estranhamento que inquieta a visão.
     
    Contrariamente aos referentes utilizados, a pintura afirma-se aqui como um exercício de metalinguagem, onde tudo fica por dizer, por contestar, por resolver.
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    Rita Castro Neves e Daniel Moreira

    Dois artistas com percursos separados, Rita Castro Neves e Daniel Moreira, encontram-se em 2015 para formar um caminho comum que percorre múltiplas práticas como a fotografia, o desenho, o vídeo ou a performance. Traçam no território caminhos de pé posto, seguem os chocalhos dos animais, ouvem as histórias dos pastores, pernoitam em cortelhos, registam e recolhem elementos da paisagem: “de tanto observar, ouvir e desenhar somos como o transformismo dos humanos em animais e vegetação”.
     
    Em 2022 criaram o espaço NEBLINA, no Porto, um espaço oficinal que também é de mostra pontual de exposições. Um pouco antes, em 2020, recuperaram a Escola da Macieira, nas montanhas de São Pedro do Sul, tornando-o um espaço casa-atelier onde recebem artistas para um projeto de residências focado nas questões do território, da natureza e do rural, na preservação ambiental e ecológica.
  • A Galeria Municipal do Porto apresenta nova proposta para Encontros à Superfície

    A partir de hoje, é possível conhecer a nova intervenção do projeto Encontros à Superfície na fachada da Galeria Municipal do Porto, que até ao final do ano irá expor as obras de quatro artistas ucranianos. 
     
    A nova obra é de Catherina Lisovenko, artista cuja obra investiga representações de poder e ideologia. Na sua série de trabalhos mais recente, a artista responde à agressão aberta da Rússia contra a Ucrânia, abordando formas de resistência, determinação e a procura de justiça. A peça apresentada, “Untitled”, inspira-se numa pintura feita pela artista em Kiev a 22 de fevereiro de 2022, o dia em que a Rússia invadiu a Ucrânia. Poderá ser visitada na fachada da Galeria até ao final de agosto.
     
    O projeto Encontros à Superficíe teve início em maio com a obra "the same hair", da artista Anna Zvyagintseva, e contará ainda com as contribuições da artista Alevtina Kakhidze e da dupla 12345678910 Studio (Yevhenii Obraztsov e Anastasiia Omelych). Cada imagem, exibida durante seis semanas consecutivas, é interpretada pela artista e designer Irina Pereira num gesto que cria um espaço de encontro e partilha entre realidades e experiências distintas.
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    Saber Fazer

    Saber Fazer foi fundado em 2011 por Alice Bernardo, como um lugar oficinal e de criação que estimula, mal se entra, os sentidos: o cheiro das flores do linho, a textura das lãs resultantes da tosquia, ou as cores dos frascos com plantas tintureiras.
     
    Apelando à disseminação de conhecimento sobre cada matéria-prima ou ferramenta, tudo integra um repositório maior que vai do levantamento ao registo, da coleta à produção. A partir de três ofícios principais—Lã, Seda e Linho—abordam-se questões estéticas e práticas de sustentabilidade económica, ambiental e social, numa plataforma de partilha entre aprendizes, artesãos e profissionais nas áreas de tinturaria natural, tecelagem, feltragem, cestaria e tapeçaria.
     
    Saber Fazer tem lugar na Rua da Aliança 112-114, Porto e está aberta a todos que pretendam frequentar cursos e comprar matéria-prima ou ferramentas.
  • Visita de estúdio 👁

    Pedra no Rim

    Fomos ao Bonfim visitar Pedra no Rim, um atelier de cerâmica criado por Fabrizio Matos e Israel Pimenta.
     
    Através de um mapeamento político, social e emocional do bairro, esta dupla de artistas recolhe objetos abandonados e inusitados das ruas, cartografando cada local e registando cada pormenor.
    Dos sapatos, naperons e perucas perdidas, aos ratos, gatos e pombos atacados por gaivotas, cabe ao barro eternizá-los, reproduzindo um atlas de memórias e mitologias urbanas, vivências e vícios locais.
     
    O nome "Pedra No Rim" deixa antever a mistura entre o humor e o bizarro, num processo de criação autodidata onde a estratégia política emerge na produção e venda de cada peça. É o caso da série "Sapo Anti-Racista", fabricado em igual quantidade ao número total de votantes de extrema-direita na freguesia do Bonfim, revertendo parte da sua receita para a organização SOS Racismo.
  • Galeria Energia

    Invernomuto @ Público/Ípsilon, por Mariana Duarte

    O programa triplo com Invernomuto, em destaque no jornal Público, num artigo escrito por Mariana Duarte.
     
    A dupla italiana apresentou dois filmes no Cinema do Passos Manuel,  inauguram EMPIRE 2020 no Sismógrafo e, por fim, apresentaram um Concerto Comentado na concha Acústica dos Jardins do Palácio, parte da Galeria Energia.

    Para ler a notícia na íntegra, clique aqui.
  • Visitas de Estúdio 👁

    Vera Mota

    Vera Mota é artista residente nos Ateliers Municipais do Porto.
     
    Para além da formação em Belas Artes pela FBAUP, a dança contemporânea tem acompanhado o percurso de Vera Mota, informando e expandindo a sua prática. A "consciência performática do fazer" sublinha a relação íntima que explora com os materiais num jogo organizado de ritmos, conceitos e escalas onde o corpo delibera e por vezes se materializa.
     
    A artista pensa o espaço expositivo e a relação entre as obras como uma coreografia dedicada, onde cada volume integra uma síntese de movimentos, muitas vezes corporizados em desenho.
    www.veramota.com
  • Visitas de Estúdio 👁

    Tânia Dinis

    Fomos ao atelier-casa de Tânia Dinis, não fosse a sua prática artística tão intimamente ligada à escala do doméstico, cruzando as memórias fotográficas e fílmicas da família, num universo diarístico que se revela a si próprio. 
     
    A sua formação em Estudos Teatrais, na ESMAE, e um mestrado em Práticas Artísticas Contemporâneas, na FBAUP, conduziu o seu trabalho para as possibilidades do cinema, jogando com o movimento do filme, a estática da fotografia e os dispositivos de projeção. O material analógico, em diálogo com o passado, auxilia as perspetivas de memória e ficção, criando narrativas onde o tempo assume um papel preponderante.
     
    Nas palavras da artista — “interessa-me o que não estás a ver, o que se pode construir e ficcionar a partir da imagem” — e é por entre as camadas, os planos sobrepostos e as lentes óticas que a história se escreve, ressignifica e transforma.  
    www.taniasofiadinis.wixsite.com/tania
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    Ruben Santiago

    Esta semana visitámos o atelier do artista Ruben Santiago. Originário de Lugo, Galiza, e residente no Porto, Ruben Santiago interessa-se pela relação entre a alquimia e o simbolismo. 
    Durante a nossa visita, contou-nos como tem vindo a materializar a transmutação cíclica da vida, criando obras em que as tradições simbólicas e conceptuais se intersectam num mundo antropogénico.
    Nesta imagem vemos uma das 60 sementes de Baobá que utilizou na obra “Not what is cracked up to be”, em que homenageia as tradições pictóricas das comunidades de aborígenes australianos com as quais conviveu.

     
    www.rubensantiago.net
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    Cristina Mateus

    Cristina Mateus  foi, durante muito tempo, uma artista-mulher num grupo maioritariamente feito de artistas-homens. É nessa altura que se aproxima da multimédia, atraída pelas exigências tecnológicas que a multidisciplinaridade desta linguagem artística impunha nos anos 90. O cinema de Kiarostami, de Agnés Varda e de Pedro Costa levam-na a perceber que o trabalho se faz fora do atelier, muitas vezes na estrada, a conduzir, ou no registo de uma caminhada. 
    A rotina da investigação foi fundamental para perceber “que a noite é construtora e que o dia é de acumulação”. E é neste ciclo que os trabalhos são fotografias do equipamento que usa para recolher imagens, como as máquinas de filmar, e da escrita para o doutoramento, como o ecrã do computador. 
     
    —"O trabalho artístico não está nos sítios onde se espera que esteja.”, diz-nos
     
    Além de artista, Cristina Mateus é também professora na FBAUP. Aí, centra-se nos processos de criação de significados e sentidos, trabalhando na criação de uma escola de artes mais “leve”, adaptada a questões como a neurodiversidade e inclusão. 
  • Visitas de Estúdio 👁

    Letícia Maia

    Qual a relação entre corpo, poder e performance? Esta questão tornou-se central no trabalho de Letícia Maia, artista que reside em Portugal desde 2019 e que articula a sua formação em “Artes do Corpo”, em São Paulo, com o projeto de mestrado em Artes Plásticas, pela FBAUP, no Porto.
     
    É através da performance, mas também da fotografia, vídeo e objetos, que a artista explora “o corpo como problema”. Cruza exercícios e coreografias, desdobrando conceitos teóricos como o de “corpos-dóceis”, para questionar a construção social do corpo.
     
    Das ações de Letícia disparam poéticas que nos desafiam a repensar o mundo e as suas normas. Talvez, até, “aprender a desobedecer”.

     
    www.cargocollective.com/leticiamaia
  • Anna Zvyagintseva

    Encontros à Superfície

    Encontros à Superfície é o mais recente projeto expositivo da Galeria Municipal do Porto, e traz para o exterior do edifício intervenções de quatro artistas da Ucrânia que, entre abril e dezembro de 2022, irão partilhar a sua realidade com a cidade através das imagens e impressões transmitidas em cada obra.
     
    A primeira peça exibida é “the same hair”, da artista Anna Zvyagintseva (1986, Dnipro, Ucrânia), que tem vindo a trabalhar temas como o corpo, explorando a fragilidade da vida através de momentos intangíveis fugidios.
     
    Encontros à Superfície contará ainda com as contribuições das artistas Catherina Lisovenko e Alevtina Kakhidze e da dupla 12345678910 Studio (Yevhenii Obraztsov e Anastasiia Omelych).
     
    Cada imagem será interpretada graficamente pela artista e designer Irina Pereira, um gesto que cria uma zona de encontro liminar, produzindo um espaço de partilha entre realidades e experiências distintas.
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    Tales Frey

    Fomos ao atelier de Tales Frey no espaço Túnel, uma antiga gráfica em Campanhã, convertida num estúdio partilhado entre artistas.
     
    A viver no Porto desde 2008, Frey recorre à performance como principal meio de expressão plástica e discursiva, cruzando o vídeo, a escultura ou a escrita. Alguns dos seus trabalhos mais recentes, como a performance colaborativa “Veste Única”, exploram sínteses estéticas sobre a noção de viver em coletivo, refletindo nas possibilidades de construção de um corpo comum. Tem vindo a explorar novos desafios conceptuais e estéticos, incluindo na sua produção artística uma dimensão documental, gráfica e sígnica.
     
    É representado pela Galeria Verve, em São Paulo e pela Shame, em Bruxelas, e até ao dia 7 de maio, podemos visitar a sua exposição ”Indexxx” na Galeria Ocupa, no Porto.
    http://ciaexcessos.com.br/tales-frey/
  • Maio-Junho

    Anna Zvyagintseva

    Anna Zvyagintseva é uma artista da Ucrânia. Na sua prática investiga facetas imperceptíveis e impalpáveis da vida, mostrando a sua fragilidade e documentando momentos intangíveis fugidios. Anna trabalha com temas como o corpo, caminhos, ações inúteis e pequenos gestos. Concentra-se na ideia de potencialidade, fazendo algo sem um propósito claro, para investigar como a hesitação e os erros podem conduzir a encontros e resultados inesperados. A sua obra parte do desenho, cruzando-o com variações transmediais no campo da escultura, instalação, vídeo e pintura.
    Encontros à Superfície


    "the same hair" (2022)
    Anna Zvyagintseva
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    Paralaxe

    Do estudo dos planetas, à sismologia ou meteorologia, o núcleo de investigação PARALAXE explora os lugares alheios à prática artística, incentivando artistas a ocupar e repensar estes espaços.
     
    Fomos ao encontro da Carolina Grilo Santos, Diana Geiroto e Luisa Abreu, que criaram o Paralaxe em 2019, contando já com uma segunda edição. A primeira, ocupou o Instituto Geofísico da Universidade do Porto, estando o segundo ciclo a decorrer no Observatório Astronómico Prof. Manuel de Barros, em Gaia.
     
    Entre o Círculo Meridiano de Espelho e o Grande Telescópio, os artistas tornaram o território e o equipamento científico num laboratório cruzado que abrirá portas já no próximo dia 7 de maio às 17h00, com uma exposição dos trabalhos desenvolvidos em residência por Beatriz Sarmento, Bruno Silva, Carlos Mensil, Ece Canli, H0b0, Joana Ribeiro e Juliana Campos.

     
    www.paralaxe.space
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    Gata da Mata

    Fomos ao encontro das Gata da Mata, um projeto de conhecimento e partilha sobre comida e territórios, que nasce do fascínio de Aija Repsa e Elīna Štoļde pela natureza e culinária.
     
    Ao longo de vários anos, as duas cozinheiras “de formação e coração” foram acumulando saberes e partilhando experiências sobre plantas silvestres, cogumelos e bactérias.
     
    Vindas da Letónia há cerca de 10 anos, foi nas praias do Norte que iniciaram uma nova investigação e recolha de algas atlânticas. Gata da Mata organiza percursos em horas de maré baixa, workshops de fermentação e publicações regulares sobre espécies vegetais, e têm vindo a estabelecer redes com a comunidade, através de projetos “faça-você-mesmo”, enraizados na vontade de mudar comportamentos de vida e hábitos alimentares, fomentando a ligação entre comunidade e biodiversidade.
  • Candidaturas ao curso “Desejos Compulsivos” já estão abertas

    As candidaturas ao curso “Desejos compulsivos: a extração de lítio, o crescimento ilimitado e a auto-otimização”, concebido e organizado pela arquiteta e investigadora Marina Otero Verzier, estão abertas a partir de hoje até ao dia 29 de abril. Inscrito no âmbito do programa municipal Colectivos Pláka, o curso terá lugar entre os dias 7 e 11 de maio, no Hotelier (R. de Anselmo Braancamp 324), tendo um custo de participação de 50 euros.

    Propondo um entendimento alternativo das noções de energia, progresso e vida plena, o programa do curso está centrado no lítio e no seu múltiplo papel como estabilizador do humor e combustível na chamada transição para uma energia verde. Durante os cinco dias do encontro, os participantes terão a oportunidade de conhecer os planos em andamento para iniciar a extração de lítio no Norte de Portugal e suas implicações na degradação de ecossistemas inteiros, através de visitas a minas e a banhos termais públicos de águas terapêuticas mineralizadas. Ao longo desses dias, entrarão em contacto com vários ativistas e representantes de movimentos nacionais e internacionais de contestação à extração mineira e defesa dos lugares — incluindo o “Movimento Não às Minas” de Montalegre, “Unidos em Defesa de Covas do Barroso” e “SOS Serra d’Arga” —, que irão relatar as suas lutas e experiências em disputas legais e ambientais e as suas formas de ação. Em conjunto com convidados locais e estrangeiros, com trabalho em diferentes disciplinas — Marisol de la Cadena, Susana Caló, Anastasia Kubrak, Michael Marder e Godofredo Pereira —, o grupo envolver-se-á em práticas colaborativas e abertas.

    As diferentes sessões de “Desejos compulsivos” serão conduzidas em língua inglesa. Limitado a 30 participantes, as inscrições devem ser efetuadas através do envio de um e-mail para para plaka@agoraporto.pt com as seguintes informações: Nome; Idade; Profissão ou ocupação; Número de telefone; Carta de Motivação e CV Abreviado (até 3.000 caracteres, com espaços, em Inglês ou Português). A seleção dos participantes será feita pela organizadora do curso.

    O programa completo do curso pode ser consultado no website da plataforma PLÁKA.
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    Thais de Menezes

    Cor, palavras de ordem e Samba — assim é o atelier no Porto da artista Thais de Menezes.
     
    A sua obra cresce em paralelo com a investigação histórica e plástica que desenvolve no Mestrado em História da Arte, na FCSH-Universidade Nova de Lisboa, em torno das diferentes dinâmicas da “construção do outro”. A partir das peças "Cabeça de preto", de Soares dos Reis, Thais questiona as narrativas hegemónicas da história da arte nas quais pessoas e corpos negros são capturados como categorias iconográficas.
     
    A abordagem crítica e necessária de Thais cruza leituras interseccionais, feministas e descoloniais, propondo novas configurações e experiências. É o caso das suas pinturas "ORÍ de Preto"—sendo “ORÍ” um prefixo Iorubá que significa cabeça—com as quais contrapõe e desafia as representações negras, em contraste com a branquitude imposta ao longo da história.
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    Clarice Cunha

    Monumentos descartáveis, desdobramentos materiais e diálogos paradoxais, são alguns dos imaginários trabalhados pela artista Clarice Cunha. Natural de São Paulo, Brasil, vive no Porto desde 2019, onde articula, através de uma linguagem híbrida, a sua formação em Arquitetura e Urbanismo e o Mestrado em Artes Plásticas.
     
    A partir de observações sobre o território urbano, a formação da paisagem e a materialidade das cidades, Clarice reflete sobre a presença humana e o modo como a sua intensa atividade tem alterado e explorado profundamente os ambientes urbanos e naturais.
     
    De um processo de investigação marcado pela recolha e catalogação intensiva, resultam esculturas, instalações e cenografias, que nos remetem para um jogo metalinguístico sobre a falência do mundo, articulada de forma lúdica e simultaneamente crítica.
     
    Em 2021, participou no projeto Anuário com a obra “Sondagem”, sendo o seu último projeto “Fábulas sobre a fauna urbana: sala de estar para gatos errantes", uma intervenção para a plataforma Entre Montra, no edifício Parnaso, Porto.


     
    www.claricecunha.com.br
  • Sábado, 9 de abril, 22h

    9Kg de Oxigénio — Lançamento da publicação

    No próximo sábado, pelas 22 horas, acontece o lançamento do livro que resulta da exposição 9kg de Oxigénio, apresentada na GMP em 2019, com curadoria de "Uma Certa Falta de Coerência", um projeto gerido por André Sousa e Mauro Cerqueira.
     
    O momento irá ocorrer no espaço de "Uma Certa Falta de Coerência" por ocasião da inauguração da exposição de Babi Badalov, "Darktoevsky", um dos artistas em 9kg de Oxigénio.
     
    A publicação conta com contribuições dos 18 artistas participantes e textos inéditos de Guilherme Blanc e Pedro de Llano.
    Local:
    Uma Certa Falta de Coerência
    Rua dos Caldeireiros 77, 4050-140 Porto

    O livro conta com as contribuições de:
    Guilherme Blanc, Uma Certa Falta de Coerência (André Sousa e Mauro Cerqueira), Pedro de Llano Leira, Babi Badalov, Daniel Barroca, António Bolota, Camilo Castelo Branco, Merlin Carpenter, Rolando Castellón, June Crespo, Luisa Cunha e Fernando J. Ribeiro, Stephan Dillemuth, Loretta Fahrenholz, Pedro G. Romero, Dan Graham, Alisa Heil, Mike Kelley, Ruchama Noorda, Silvestre Pestana, Josephine Pryde, Angel Calvo Ulloa, Xoan Torres.
  • Encontros entre arte, música, natureza e ciência

    Galeria Energia

     
    Sou vento, fogo, folha e árvore
    Espírito, paixão e sonho
    Ilumino, aqueço, brilho 
    Aciono.
     
    Sou matéria e força
    Atualidade, vitalidade, instabilidade
    Metamorfose e movimento
    Mudo de forma, de lugar, de sentido.
     
    Podem-me extrair e explorar, mas não destruir.
    Podem-me inflamar e deslocar, mas não criar.
     
    Estou em toda a parte e em parte alguma
    Aqui e ali, agora e depois
    Sou a Galeria Energia.
     
    Acompanhada por artistas, músicos, poetas, cientistas e escritores vou aparecer e reaparecer, correr, cantar, voar e dançar em bibliotecas e mercados, cinemas e estúdios de gravação, baldios e jardins românticos.
     
    Sou um ciclo anual de concertos, debates e percursos articulado em quatro segmentos:

    Ciência é Arte — Considerando os modos como a ciência e a arte descobrem e interrogam o mundo, faço a pesquisa sair do laboratório, partilhando conhecimentos sobre temas que importam para o presente da arte, como o medo, a reprodução e a alquimia moderna.
    Sexta-feira, 8 abril — Marta MoitaA Ciência do Medo
    Sexta-feira, 22 julho — Patricia SaragüetaA Amiga da Onça
     
    Imaginários — Entendendo os imaginários como instrumentos para conceber o presente, desejar a mudança e criar o futuro, convido figuras-chave do pensamento contemporâneo a apresentar uma fonte para um imaginário importante para o presente. 
    Sexta-feira, 29 abril — Teresa CastroPensar com líquenes e ervas daninhas
    Quarta-feira, 22 junho — Saidiya HartmanA História Recontada
     
    Concertos comentados — Concebendo o concerto como uma conversa, convido performers musicais a partilharem as suas escolhas estilísticas, influências e referências estéticas através do diálogo e da atuação. As notas irão das ressonâncias dos gongos ao intercâmbio cultural e à exploração de forças cósmicas ancestrais. 
    Sábado, 28 maio — João Pais FilipeSun Oddly Quiet 
    Domingo, 19 junho — InvernomutoBlack Med, Capítulos IV & VI 
    Sexta-feira, 30 setembro — NkisiGestos Invisíveis 
     
    Pastos e Pastos — Percorrendo caminhos onde a natureza e a cidade se encontram, seguirei o olhar atento de artistas e cientistas, cuja investigação cruza os campos da medicina, da gastronomia e da sustentabilidade, e cujas perspetivas desafiam as convenções taxinómicas e topológicas. 
    Sábado, 9 julho — A RecoletoraPlantas Insubmissas
    Imagem: "Jaguarete", de Patricia Saragüeta
  • Visitas de Estúdio 👁

    Mariana Vilanova

    Como pode a tecnologia tornar-se uma extensão do corpo e da memória? — Talvez seja esta uma das maiores questões que Mariana Vilanova aborda no seu trabalho.
     
    Numa viagem digital pelos processos de simulação e reconstrução de imagens, a artista fala-nos sobre as manipulações da memória humana e artificial em peças como “Evoking a Simulated Past”, mas também das premissas do Cosmismo russo, com as quais trabalhou para a sua última exposição “Before and After Us”, no espaço Rampa.
     
    A residir no Porto, Mariana Vilanova tem vindo a explorar um diálogo permanente entre espaço e tempo, refletindo sobre o impacto do digital na apreensão de informação e numa produção de imagens que fundem a representação do visível com a poética da escala.
     
    www.marianavilanova.com
  • Visitas de Estúdio 👁

    Joana da Conceição

    Camélias psicadélicas, ecos feministas da Antiguidade Clássica, mãos do Yoda com manicure, geometria delirante — estes são alguns dos fragmentos da obra multifacetada da artista Joana da Conceição.
     
    Natural do Porto e a residir atualmente em Lisboa, após um periodo de residência em Nova Iorque, a artista tem uma prática sincrética, sendo também fundadora, com André Abel, dos Tropa Macaca, um dos duos musicais mais ativos no país.
     
    Durante a nossa visita ao seu estúdio, numa antiga e pitoresca associação cultural em Lisboa, conversamos sobre o seu amor pelas formas e imaginários da pré-história, a sua relação entre imagens e sons, e a sua mais recente exposição, no Quérela, onde criou um ambiente intimista e cenográfico com pinturas e sons, que também visitamos.
    https://joanadaconceicao.com/
  • Edições GMP

    Galeria Municipal lança 2ª edição de

    Depois do sucesso da primeira edição, a Galeria Municipal do Porto volta a publicar o livro "Musonautas, Visões & Avarias: 1960-2010 - 5 Décadas de Inquietação Musical"!
    A publicação já está disponível para compra no balcão da Galeria Municipal do Porto, ou por correio, através do email galeriamunicipal@agoraporto.pt.
  • Visitas de Estúdio 👁

    Alisa Heil

    Fomos visitar "Tiresias Und Der Kleine Tod", a exposição/instalação da artista Alisa Heil no Espaço Mira. Partindo da mitologia grega de Tiresias, profeta cego de Apolo em Tebas, que durante sete anos foi transformado em mulher, Heil criou um ambiente imersivo e sensorial, onde os elementos materiais e as composições lumínicas, sonoras e olfativas nos envolvem, transformando a nossa experiência percetiva. A visita foi feita em conjunto com a curadora Fernanda Brenner, diretora artística da plataforma Pivô Arte e Pesquisa, em São Paulo.
     
    Natural da Alemanha, Alisa Heil reside no Porto, trabalhando ocasionalmente sob o pseudónimo de Abraham Winterstein, uma conjugação dos nomes de solteira das suas duas avós. Heil interessa-se sobre a representação feminina na mitologia e cultura popular, refletindo-a através da sensorialidade dos materiais. Desde 2017 gere a programação do espaço de arte independente Kunsthalle Freeport, no Centro Comercial Stop.

     
    www.alisaheil.net
  • Edições GMP

    Galeria Municipal lança publicação “To School Out of School”

    “To School Out of School” resulta do curso de reflexão em arte contemporânea homónimo, integrado na segunda edição do programa municipal Colectivos Pláka. 
     
    “To School Out of School” foi coordenado por Ana Rocha, produtora, curadora, coreógrafa e performer, e André Sousa, artista e cofundador do projeto artístico "Uma Certa Falta de Coerência" e decorreu em três momentos entre o final de 2018 e o início de 2019. O curso juntou artistas e pensadores nacionais e internacionais na criação de uma oficina temporária de estudos contemporâneos com enfoque em coletivos, ações a solo, estruturas informais ou institucionais que desenvolvem os seus projetos na área da curadoria e do pensamento sobre a Cultura na atualidade.
     
    A publicação, co-editada por Ana Rocha e André Sousa, congrega contributos dos curadores, críticos e artistas que participaram no curso: Adrian Heathfield, Benjamin Seroussi, Catarina Saraiva, Fadwa Naamna, Irit Rogoff, Markus Miessen, Olivier Marbeout, Pedro G. Romero e Stephan Dillemuth, juntamente com desenhos de Mauro Cerqueira, e introdução de Guilherme Blanc, Diretor Artístico do Batalha Centro de Cinema, que comissariou a iniciativa e o projeto editorial.
     
    Promovido no âmbito da plataforma Pláka, o programa Colectivos Pláka reúne grupos de reflexão e produção de pensamento sobre arte contemporânea e a prática artística, tendo como objetivo central exponenciar as oportunidades de pensamento, aprendizagem, partilha de conhecimento entre artistas e agentes culturais residentes no Porto. 
     
    A aquisição pode ser feita através deste website ou no balcão da Galeria Municipal do Porto.
    Editora:
    Ágora – Cultura e Desporto do Porto, E.M. / Galeria Municipal do Porto
     
    Projeto Editorial:
    Guilherme Blanc
     
    Edição:
    Ana Rocha, André Sousa
     
    Contributos:
    Adrian Heathfield 
    Benjamin Seroussi
    Catarina Saraiva
    Fadwa Naamna
    Guilherme Blanc
    Irit Rogoff
    Markus Miessen
    Mauro Cerqueira
    Olivier Marbeout
    Pedro G. Romero
    Stephan Dillemuth
     
    Coordenação Editorial:
    Tiago Dias dos Santos
     
    Design Gráfico:
    José Peneda
     
    Tradução:
    Cláudia Coimbra
    Martin Dale
     
    Revisão:
    Cláudia Gonçalves
    Diana Reis
    Hernâni Baptista
     
    Fotografia:
    Renato Cruz Santos
     
    Impressão:
    Empresa Diário do Porto
     
    ISBN: 
    978-972-99913-8-7
     
    Preço:
    10€
  • Visitas de Estúdio 👁

    Samuel Wenceslau

    “Mancha também é beleza”, ensina-nos Samuel Wenceslau. Artista originalmente de Nova Lima (Brasil) e atualmente residente no Porto, recebeu-nos na sua casa-estúdio-estufa que acolhe plantas e imagens de plantas, arquivos e cenografias, memória e descoberta, afetos e pesquisa. 
     
    Durante a nossa Visita de estúdio, falámos sobre a sua relação com a botânica e descobrimos as nomenclaturas afetivo-formais que tem vindo a criar através de representações gráficas de plantas e musgos. No seu projeto “Studiolo Gráfico / Inventário Gráfico de Formas Naturais”, Samuel combina elementos da paisagem de Minas Gerais e do Norte de Portugal. 
     
    Além de artista visual, Samuel é também a “Rainha da Sucata”, colecionando objetos abandonados nas ruas e integra o coletivo Kebraku.
  • Revisitar Programas públicos

    "Statues of Tehran", de Bahman Kiarostami

    Integrado no programa público da exposição "Desertado. Algo que aconteceu pode acontecer novamente", foi apresentado o documentário "Statues of Tehran", do realizador Bahman Kiarostami. 
     
    A obra fílmica questiona a função dos monumentos na atual Teerão, uma megametrópole pós-moderna e ideologicamente sobrecarregada, acometida pelo esquecimento. A peça retraça o destino de duas importantes esculturas públicas: a primeira, um trabalho pioneiro encomendado pela família real nos anos 1970 de autoria do então mais destacado escultor da modernidade, Bahman Mohassess; a segunda, um tributo à Revolução Islâmica instalada na Praça da Revolução, de Iraj Esskandari. Sob a égide da Revolução, a primeira foi condenada primeiro ao desleixo e finalmente a ser armazenada, enquanto a segunda se tornou uma peça de referência entre a profusão de projetos públicos que celebram a Revolução e a Guerra Irão-Iraque.
    Uma exposição de:
    Maria Trabulo
     
    Curadoria:
    Pieternel Vermoortel
     
    Com os artistas:
    Abbas Akhavan, Ana Kun, Bahman Kiarostami, Dora García, Flaka Haliti, Jeremiah Day, Loukia Alavanou, Melvin Moti e Pilvi Takala.
  • Visitas de Estúdio 👁

    Paula Pinto

    Visitamos o atelier da curadora Paula Parente Pinto, co-curadora da exposição "Que Horas são Que Horas / Uma Galeria de Histórias" que decorreu na Galeria Municipal do Porto em 2021. A sua pesquisa transdisciplinar centra-se na investigação histórica e na recuperação e ativação de arquivos.
     
    Durante a nossa visita, Paula Parente Pinto mostrou-nos o trabalho que está a desenvolver em torno do espólio de performance do crítico de arte Egídio Álvaro. Os vários materiais que constituem o espólio, originalmente arquivado em Paris, foram trazidos para o Porto pela curadora, e estão agora a ser investigados, restaurados e catalogados. Serão em breve partilhados através de um programa de atividades no espaço RAMPA, um projeto desenvolvido graças a uma bolsa de apoio Criatório 2021.
  • Revisitar Exposições

    Luchona, por Gabriel Chaile

    Integrado na exposição coletiva "Pés de Barro" com curadoria de Chus Martínez e Filipa Ramos, em 2021 na GMP, Gabriel Chaile apresentou uma escultura intitulada "Luchona".
     
    "O meu trabalho está ligado a uma predisposição antropológica de compreensão das nossas próprias coisas. Sempre me tomei como objecto de estudo, a nível visual, e muitas coisas surgiram daí. Tomei sempre o que me era mais próximo primeiro, e isso era a vida da classe trabalhadora. Vi aquelas imagens, vi a minha mãe a cozer pão toda a sua vida num forno de barro e o meu pai, pedreiro, a chegar tarde, dormindo pouco, sem descansar, trabalhando muito. Todas as situações de que me aproximo formal, e visualmente, são uma forma de falar sobre aquilo que não acontece na corrente dominante da sociedade e que está lá, relaciona-se com a vida em modos que não são visíveis." Gabriel Chaile
     
    Na América Latina, luchona [lutadora] é um nome depreciativo dado a jovens mães solteiras que são consideradas imaturas e irresponsáveis por saírem à noite enquanto criam os seus filhos. A monumental Luchona de Gabriel Chaile presta homenagem a estas mulheres, revelando a sua natureza engenhosa e amorosa.
     
    Revisitamos o arquivo da Galeria Municipal do Porto, trazendo ao presente algumas das obras, projetos expositivos ou momentos integrados nos programas públicos e educativos desde 2016.

    Pés de Barro
    12.06 – 22.08.2021
     
    Curadoria:
    Chus Martínez
    Filipa Ramos
     
    Artistas:
    Neïl Beloufa
    Isabel Carvalho
    Gabriel Chaile
    Pauline Curnier Jardin
    Formabesta (Salvador e Juan Cidrás)
    Tamara Henderson
    Ana Jotta
    Eduardo Navarro



     
    Gabriel Chaile
    "Luchona", 2021.
    Estrutura metálica, barro cru, madeira, terra.
    Cortesia do artista e / Courtesy of the artist and Barro, Buenos Aires e, Berlim.
  • Visita de Estúdio 👁

    Orlando Vieira Francisco

    Hoje visitamos Orlando Vieira Francisco, natural do Brasil, artista residente nos Ateliers Municipais do Porto.
     
    Orlando centra-se na investigação como prática artística, explorando temas como a paisagem, o crime ambiental ou a indústria extrativa e arquivos, a partir de uma perspetiva crítica, ativista e transnacional.
     
    Recentemente, esteve em residência na Bélgica com o projeto "It's already night / no light above the horizon" (Agora é noite / nenhuma luz acima do horizonte) na Samenschool, Antuérpia, com o apoio Shuttle; e no Brasil, onde iniciou a investigação "O cerne da questão", pelo projeto LARS.
  • Edições GMP

    Galeria Municipal do Porto lança o livro “Máscaras”

    Em 2020 a Galeria Municipal do Porto abria a exposição "Máscaras (Masks)". A publicação, coeditada com a Mousse Publishing, está agora disponível para aquisição.
     
    O projeto expositivo, que contou com a curadoria de João Laia e Valentinas Klimašauskas, centrou-se no papel das máscaras ao longo da história e materializou-se nas obras de vinte e um artistas. Um artefacto presente na sociedade desde tempos remotos, a máscara tomou as mais variadas formas e papeis: da caricatura à camuflagem, da imitação à maquilhagem social, passando pelo mundo online e offline. Nas palavras dos curadores, a máscara uniu “povos completamente diferentes no tempo e no espaço”.
     
    Pensada ainda antes da pandemia, a exposição foi apresentada quando as máscaras se tornaram obrigatórias na entrada dos museus. Passados dois anos, estes objetos continuam ainda presentes na vida quotidiana, conferindo uma simbologia premente e atual à publicação. O projeto editorial, também assumido pelos dois curadores, contou com as contribuições de Guilherme Blanc, Grada Kilomba, Zack Blas e o coletivo Omsk Social Club. Mais do que um catálogo, “Máscaras” é uma extensão do projeto expositivo em formato de livro, prolongando as suas reflexões através de contribuições textuais inéditas e complementares à exposição.
    A publicação está disponível para compra no balcão da Galeria Municipal do Porto, ou por correio, através do email galeriamunicipal@agoraporto.pt.
  • Revisitar Programas públicos

    Erro 417: Conversas, percursos e performances

    O programa público da exposição “Erro 417: Expectativa Falhada” foi apresentado em dois momentos, reunindo um conjunto de atividades composta por conversas, percursos e performances. 
    O primeiro momento contou com a poetisa e investigadora indígena Ellen Lima, que propôs um passeio pelos Jardins do Palácio de Cristal. Mais tarde, Lima juntou-se à conversa com o Coletivo FACA e Marta Espiridião, curadora do projeto expositivo. No mesmo dia, foi ainda apresentada no espaço de exposição a performance "Estomacus", da dupla Trypas Corassão.
     
    No segundo momento do programa foi apresentada uma conversa entre Hilda de Paulo, Luan Okun e Marta Espiridião, intitulada "Error 406: Not Acceptable". Okun apresentou ainda a performance "O jeito que o corpo dá", que contou com a colaboração de Joni Ricos e projeção vídeo de Yuna Turva.
    14 e 19 de fevereiro, 2022
  • Visitas de Estúdio 👁

    Svenja Tiger

    Fomos ao Bonfim visitar o atelier de Svenja Tiger, artista participante na última edição do projeto Anuário.
     
    Formada em figurinismo e belas artes, Svenja Tiger concebe o têxtil como uma forma de pintura em que celebra a multiplicidade dos corpos, dando forma às suas possíveis mutações.
    Influenciada por fábulas, lendas populares, mitologias e ficções, a artista cruza o real e o folclore, o humano, o animal e o natural em obras em que o corpo é veículo, adorno e movimento.
     
     
     www.svenjatiger.com
  • Visita de Estúdio 👁

    Pedro Moreira

    Visitamos o Sarau Studio onde trabalha Pedro Moreira, cuja prática artística explora questões de identidade. Combinando teologia, mitologia e esoterismo, Pedro Moreira cria formas e seres imaginários que emergem organicamente dos seus vídeos, instalações, performances e esculturas em cerâmica.


    www.pedmoreira.com
  • Revisitar o Programa Educativo

    Uma análise às Exposições Coloniais, por Bambi Ceuppens

    Em maio deste ano recebemos a antropóloga e curadora Bambi Ceuppens para uma conferência que se debruçou na análise das Exposições Coloniais do Porto, em 1934, e de Bruxelas, em 1958, incidindo sobre a problemática dos zoos humanos e sobre as implicações éticas destes eventos na contemporaneidade.
     
    O momento, apresentado no auditório da Biblioteca Municipald Almeida Garret, integrou o eixo "Um Elefante no Palácio de Cristal", com curadoria de Alexandra Balona, Melissa Rodrigues e Nuno Coelho com InterStruct Collective. Parte do ping! – Programa de Incursão à Galeria.
    13 de maio, 2022
  • Revisitar Programas públicos

    Visita guiada e projeção de filme com Milena Bonilla

    O programa público da exposição "A Hora Antes do Pôr-do-Sol" de Milena Bonilla, com curadoria de Juan Luis Toboso, contou com a presença da artista para uma visita guiada à exposição e para a exibição do filme "I am Life and Life is Beautiful", que integrou o projeto expositivo. À projeção seguiu-se uma conversa entre Bonilla e Filipa Ramos. 
    6 de fevereiro, 2022
    Auditório da Biblioteca Municipald Almeida Garrett
  • Visitas de Estúdio 👁

    Dayana Lucas

    Dayana Lucas, em residência nos Ateliers Municipais, foi a primeira artista visitada num encontro que nos levou a conversar sobre o trabalho atual, que cruza o desenho, a escultura, a performance e o design gráfico. Natural de Caracas, Venezuela, Dayana Lucas reside no Porto há vários anos, onde recentemente lançou a Orinoco, um projeto editorial dedicado à publicação de livros de artista, cada um com uma identidade e formato próprio.
     
    O artista Uriel Orlow, que tem vindo a desenvolver o workshop "Assembleia das Plantas" com o ping!, acompanhou-nos durante a visita.
     
     
    www.dayanalucas.com
    www.urielorlow.net
  • Revisitar Exposições

    The Oracle, por Diana Policarpo

    Integrado na exposição “Nets of Hyphae”, de Diana Policarpo, a artista apresenta o vídeo “The Oracle”. A obra faz uma contextualização histórica do ergot, desde a mitologia grega até à Idade Média, pondo em evidência os conhecimentos e as práticas pioneiras de parteiras, curandeiras e agricultoras na medicina tradicional, na farmacologia e na obstetrícia. Através desta obra, a artista estabelece, ainda, ligações entre as lutas das mulheres pela justiça reprodutiva, desde os julgamentos das bruxas de Salém até ao direito ao aborto nos dias de hoje.
     
    “O Claviceps purpurea, também conhecido como esporão-do-centeio, cravagem ou ergot, é um fungo parasita que infecta cereais e gramíneas, sobretudo o centeio, destruindo os ovários das plantas. ‘Quando descobri que atacava o sistema reprodutor das plantas, estabeleci logo o paralelismo com o corpo humano e a saúde reprodutiva da mulher’, conta Diana Policarpo. Este fungo tem propriedades alucinogénias e medicinais, tendo sido usado ao longo de várias décadas por curandeiras e parteiras, tanto para realizar abortos como para ajudar as mulheres no pré e no pós-parto. Era, inclusive, uma das plantas utilizadas para fins abortivos por mulheres escravizadas e violadas pelos escravocratas e colonizadores que não queriam dar à luz futuros escravos.” — no Jornal Público, a 12 de janeiro, numa entrevista feita pela jornalista Mariana Duarte.
     
    A exposição “Nets of Hyphae”, foi apresentada na GMP entre 2020 e 2021 e contou com a curadoria de Steffanie Hessler e foi coproduzida pela Kunsthall Trondheim.
    Revisitamos o arquivo da Galeria Municipal do Porto, trazendo ao presente algumas das obras, projetos expositivos ou momentos integrados nos programas públicos e educativos desde 2016.

    Nets of Hyphae 
    Diana Policarpo
    04.12.2020 - 25.04.2021
     
    Curadoria:
    Stefanie Hessler
     
    Coprodução:
    Kunsthall Trondheim

    Diana Policarpo
    "The Oracle", 2020.
    Vídeo, 10’ loop.

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