Galeria Municipal do PortoGaleria Municipal do Porto

Gineceu & Estigma 2021
O programa Gineceu & Estigma, com epicentro nos Jardins do Palácio de Cristal, tem como objetivo dar a conhecer novas perspetivas sobre o universo da Botânica, recorrendo à criação artística e à investigação em questões de género, política e natureza.
 
Este programa engloba conferências, workshops e percursos interpretativos da botânica do jardim, concebidos por investigadores e artistas convidados, e articula‑se através de dois temas: em Ecopensamento, parte‑se de estudos ecocríticos para promover o debate sobre novas possibilidades de interdependência entre os domínios natural, social e político; em Especulações Botânicas, introduzem‑se questões que têm sido levantadas por artistas sobre a ciência que se dedica ao estudo das plantas, tais como a nomenclatura científica atribuída às espécies e o reconhecimento do saber empírico e popular do seu poder curativo.
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Quinta-feira, 29 de abril às 19h

Conferência com Michael Marder – Que tipo de crianças somos nós? Um caso para o cultivo vegetal da humanidade. Moderação de Mariana Pestana

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Gineceu & Estigma / Ecopensamento

Professor de Filosofia na Universidad del País Vasco (Espanha) e da Fundação Ikerbasque, Michael Marder tem focado o seu trabalho de investigação nas áreas de filosofia ambiental e pensamento ecológico, teoria política e fenomenologia. É editor associado da revista Telos e autor de 16 monografias, tais como Dump Philosophy (2020), Political Categories (2019), Energy Dreams (2017), The Philosopher’s Plant: An Intellectual Herbarium (2014) e Plant-Thinking: A Philosophy of Vegetal Life (2013). Já lecionou na George Washington University, na Georgetown University (EUA), na University of Toronto e na University of Saskatchewan (Canadá).
 
 
Arquiteta e curadora, Mariana Pestana tem um especial interesse pelo papel da ficção numa época marcada pelo progresso tecnológico e pela crise ambiental. É cofundadora do coletivo The Decorators, com o qual desenvolve projetos de arquitetura e curadoria em colaboração com pessoas e comunidades locais. Recentemente, foi curadora da 5.ª Bienal de Design de Istambul e cocuradora das exposições The Future Starts Here (Victoria and Albert Museum, Reino Unido, 2018) e Eco Visionaries: Art and Architecture After the Anthropocene (MAAT, Portugal, 2018; Matadero, Espanha, 2019; e Royal Academy, Reino Unido, 2019).
Local
Auditório da Biblioteca Municipal Almeida Garrett

Para participar na conferência deve levantar o bilhete gratuito (máximo 2 por pessoa) até 15 minutos antes do início do evento.
Pode reservar o seu lugar antecipadamente através do e-mail galeriamunicipal@agoraporto.pt.

Fotografia: Renato Cruz Santos
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Quinta-feira, 10 de junho, das 16h às 18h

Percurso para os jardins com o Círculo das Leitoras Peripatéticas

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Gineceu & Estigma / Ecopensamento

As árvores, as raízes, as flores, as conchas, as estátuas, as fontes, as caminhadas, as silenciadas, a relva, a erva daninha, o pavão, o jardim, a natureza, a experiência, a mudança, a justiça, a renovação. As CLP propõem uma leitura animada por palavras, imagens, música, sons, e outros aditivos, que ganham raízes na Concha Acústica, mas levam-nos pelo jardim por meio de três narrativas, três percursos distintos, que acabam por se encontrar e cruzar caminho. O elo comum é deitar abaixo as musas-estátua sem voz, remexendo o fundo do lago, e revelando as histórias de mulheres criadoras, literatas, botânicas, artistas, cantoras. No final, o baile é no fundo do mar à roda da concha.

O coletivo Círculo das Leitoras Peripatéticas é composto por Sofia Gonçalves, Susana Gaudêncio e Susana Pomba. Em 2014, as artistas estiveram em residência no Moinho da Fonte Santa, numa área geográfica isolada no concelho de Alandroal, Alentejo, onde trabalharam a partir de materiais da Biblioteca Biberstein‑Gusmão para a escrita de um guião a ser lido durante uma caminhada à volta do Moinho. Desta residência, denominada Elogio ao tempo lento, resultou a primeira edição do coletivo, composta por três ‘libretos’ apresentados como roteiros de acesso à biblioteca e à sua paisagem contígua.
Local
Jardins do Palácio

Para participar no percurso deve inscrever-se previamente.
A seleção dos participantes será feita por ordem de inscrição, através do e-mail galeriamunicipal@agoraporto.pt.

Fotografia: Renato Cruz Santos
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Quinta-feira, 1 de julho às 19h

Conferência com Yayo Herrero – Pensar como uma árvore: Ética e Estética recompõem os laços quebrados com a terra. Moderação de Marta Lança

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Gineceu & Estigma / Ecopensamento

Antropóloga, engenheira técnica agrícola e ativista, Yayo Herrero é uma das mais reconhecidas vozes do ecofeminismo a nível europeu. É professora da Cátedra
UNESCO de Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável na Universidad Nacional de Educación a Distancia (Espanha) e é sócia-fundadora da Cooperativa Garúa. Entre 2005 e 2014, coordenou o grupo espanhol Ecologistas en Acción e, entre 2012 e 2018, foi diretora da Fundación FUHEM, que promove a justiça social, o aprofundamento da democracia e a sustentabilidade ambiental. É, ainda, coautora de diversos livros e artigos relacionados com o campo interdisciplinar da ecologia social. 

 
Formada em Literatura Portuguesa e doutoranda em Estudos Artísticos, Marta Lança tem investigado sobre questões pós‑coloniais, disputas de memória e produção de conhecimento em plataformas colaborativas. Já trabalhou nas áreas da cultura e da educação em Cabo Verde, Angola, Moçambique e Brasil. Criou e edita, desde 2010, o portal BUALA. Recentemente organizou os encontros Sou esparça e a liquidez maciça: gestos de liberdade (MAAT, Portugal, 2020) e Terra Batida: uma rede de arte e ciência sobre conflitos socioambientais (Festival Alkantara, Portugal, 2020), com Rita Natálio.
Local
Auditório da Biblioteca Municipal Almeida Garrett

Para assistir à conferência deve levantar o bilhete gratuito (máximo 2 por pessoa) até 15 minutos antes do início do evento.
Pode reservar o seu lugar antecipadamente através do e-mail galeriamunicipal@agoraporto.pt.

Fotografia: Renato Cruz Santos
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Sexta-feira, 2 de julho às 19 horas

Artist talk de Uriel Orlow – Conversa com as Folhas

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Gineceu & Estigma / Especulações Botânicas

O artista Uriel Orlow falará sobre alguns de seus projetos artísticos recentes que olham para o mundo botânico como palco para a política e história: árvores como testemunhas, a migração das flores, nacionalismo botânico, jardins como ferramentas de resistência e testes de plantas medicinais para o neo-colonialismo — estes são alguns dos temas em que Uriel Orlow tem debruçado a sua investigação artística. O artista parte de lugares específicos e micro-histórias como pontos de partida para conversas sobre os emaranhados das plantas humanas, criando obras nas quais as plantas são, simultaneamente, narradoras e protagonistas.



A prática artística de Uriel Orlow é baseada na pesquisa, orientada para o processo e multidisciplinaridade, incluindo o filme, a fotografia, o desenho e o som. Exposições individuais recentes incluem La Loge, Bruxelas; State of Concept, Atenas; Kunsthalle Mainz, Tabakalera, San Sebastian; Kunsthalle St Gallen, Les Laboratoires d’Aubervilliers Paris, Market Photo Workshop and Pool, Joanesburgo; The Showroom, Londres ou Castello di Rivoli, Turim, entre outras.
As obras de Orlow são apresentadas internacionalmente em museus, festivais de cinema e bienais, incluindo a Manifesta 12, Palermo (2018), Sharjah Biennial (2017) e a Bienal de Veneza (2011). Em 2020, Orlow recebeu o Prémio CF Meyer e em 2017 recebeu o Prémio Bienal de Sharjah. Orlow também recebeu três prémios Swiss Art, na Art Basel. Monografias recentes incluem “Conversing with Leaves” (Archive Books, 2020), “Soil Affinities” (Shelter Press, 2019) e “Theatrum Botanicum” (Sternberg Press, 2018). Uriel Orlow é pesquisador sênior da University of Westminster London, professor visitante no Royal College of Art London e docente da University of the Arts Zurich (ZHdK). www.urielorlow.net
 
Auditório da Biblioteca Municipal Almeida Garrett
 
A apresentação decorrerá em inglês (tradução simultânea disponível para português).
 
Para participar na apresentação deve levantar o bilhete gratuito (máximo 2 por pessoa) até 15 minutos antes do início do evento.
Pode reservar o seu lugar antecipadamente através do e-mail galeriamunicipal@agoraporto.pt.
 
Fotografia: Renato Cruz Santos
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Domingo, 3 de outubro, das 16 às 18 horas

A evolução da Representação da Natureza na cidade – Percurso para os jardins com Carla Filipe

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Gineceu & Estigma / Especulações Botânicas


Exotismo; Mini Zoo; Chico macaco; Leão Sofala
velhinho, sempre a dormir, já não alegrava a fantasia das crianças com o grunhir da Selva.
1910 inaugura a Jaula de Macacos. Triste com mau cheiro nas proximidades
Um abutre chamado Jorginho e outros "macacos" do Palácio
1993-08-28
Barões e Viscondes
A Sociedade Agrícola Portuense
restaurante de 3º classe
16 palmeiras
21 acácias
17 eucaliptos
18 plantas de Angola
64 coníferas
134 plantas diversas
116 petúnias

é um fenómeno contextualizado incorporado na construção das mentalidades específicas da cultura ocidental
Sociedade Agrícola
Revolta Liberal
Ferro e cimento

Dr. António Ferreira Braga grande capitalista acabaria por morrer no ano de 1870 na miséria por abrir os cofres para o concretizar seu sonho – O Palácio de Cristal
Séc. XXI
Plantas Invasoras: acácia
24-25 Pavões
mais machos que fêmeas, ao contrário do Garnisé
mais garnisés que coquichas = 4 machos + 2 fêmeas
por vezes desaparecem junto ao ninho, o alimento de um gato ou das gaivotas
ratazanas tudo controlado
Lagos sem vida Natural

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Licenciada em Artes Plásticas e mestre em Práticas Artísticas Contemporâneas pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, Carla Filipe começou a expor no início dos anos 2000. Cofundou o Salão Olímpico e o Projecto Apêndice e, em 2009, recebeu uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian. Através de um olhar atento e de um marcado envolvimento com o seu entorno, a artista busca os elementos basilares que conferem sentido à vida de uma comunidade específica, construindo a sua obra a partir da relação permeável entre objetos de arte, cultura popular e ativismo. Recentemente, integrou Incerteza Viva (32.ª Bienal de São Paulo, Brasil, 2016), foi cocuradora de O ontem morreu hoje, o hoje morre amanhã (Galeria Municipal do Porto, Portugal, 2018) e expôs a solo em Amanhã não há arte (MAAT, Portugal, 2019).

O CIIMAR - Centro interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental - é uma instituição de investigação científica e de formação avançada da Universidade do Porto. Tem como missão o desenvolvimento de investigação de excelência, a promoção do desenvolvimento tecnológico e o apoio a políticas públicas na área das Ciências Marinhas e Ambientais.
Doutorado em biologia e pós-doc em Comunicação de Ciências, José Teixeira é coordenador do Gabinete de Comunicação de Ciência do CIIMAR desde 2014. Entre outras tarefas, é responsável pelo desenvolvimento e implementação de projetos de literacia do oceano e coordenador da Campanha Charcos com Vida.
Marisa Naia é bióloga e mestre em Biodiversidade, Genética e Evolução pela Universidade do Porto. Integra atualmente o Gabinete de Comunicação do CIIMAR onde desempenha funções de comunicação nos projetos PONDERFUL e Charcos com Vida.

Com a participação de José Teixeira e Marisa Naia 
(CIIMAR - Centro interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental)

Local
Jardins do Palácio

Para participar no percurso deve inscrever-se previamente.
A seleção dos participantes será feita por ordem de inscrição, através do e-mail galeriamunicipal@agoraporto.pt.

Crédito da imagem: Carla Filipe, Julho 10 
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Sexta-feira (18h-20h) e sábado (10h-16h), 15 e 16 de outubro

Assembleia das Plantas - Workshop com Uriel Orlow

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Gineceu & Estigma / Especulações Botânicas

Este workshop resulta de uma residência de investigação que o artista realizou nos Jardins do Palácio de Cristal, para dar lugar a uma interpretação sobre as implicações políticas, curativas e históricas da relação entre humanos e plantas. Será constituído por dois momentos ligados entre si.

A sessão contou ainda com a participação de Fernanda Botelho e do projeto Landra, composto por Sara Rodrigues e Rodrigo B. Camacho.

A prática do investigador e artista multidisciplinar Uriel Orlow integra filme, fotografia, desenho e som e tem incidido especialmente sobre temas como os resíduos do colonialismo, as manifestações espaciais da memória, e o mundo botânico enquanto palco político. A sua obra já foi exposta em diversas instituições reconhecidas internacionalmente, como Tate Modern (Reino Unido), Palais de Tokyo (França), Kunsthaus Zürich e Centre d’Art Contemporain Genève (Suíça). Já publicou três monografias — Conversing with Leaves (2020), Soil Affinities (2019) e Theatrum Botanicum (2018) — e, atualmente, leciona na Universidade de Westminster, no Royal College of Art (Reino Unido) e na Zurich University of the Arts (Suíça).

Fernanda Botelho é especialista em plantas silvestres, nomeadamente nos seus usos medicinais e culinários. Viveu 17 anos em Inglaterra onde fez formações em Botânica, Fitoterapia e Pedagogia, tendo estudado plantas medicinais na Scottish School of Herbal Medicine (1997). É colaboradora do programa Eco-Escolas e autora de uma coleção de livros infantis, nomeadamente “Salada de Flores” (2011), “Sementes à Solta (2013)” e “Hortas Aromáticas” (2016). Escreveu ainda “As plantas e a saúde” (2013), “Uma mão cheia de plantas que curam – 55 espécies espontâneas em Portugal” (2016) e o recém-lançado "Ervas que se comem" (2021). É co-autora do “O meu primeiro Herbário de Plantas Medicinais” (2017) e “Cosmética Natural” (2020). Publica anualmente, desde 2010, uma agenda de Plantas Medicinais e organiza passeios guiados e workshops de reconhecimento de plantas a convite de várias entidades. Contribui regularmente sobre plantas medicinais em programas televisivos da RTP, assim como em diversas revistas, websites dedicados. 
 
Sara Rodrigues e Rodrigo B. Camacho são artistas interdisciplinares e criadores do projeto Landra, um carvalhal e agro-floresta em desenvolvimento num vale nos pés da Serra da Cabreira. Para além de servir como residência, é também um centro de pesquisa e educação em culturas regenerativas, energia sustentável e arte não institucional. Landra é o nome dado às bolotas do Minho à Galiza e remete para uma cultura de subsistência e autonomia, onde outrora os frutos dos carvalhos ofereciam comida às populações, para além de melhorarem a terra e os seus ecossistemas, ano após ano.
Mais informações sobre o projeto em www.landra.pt.
Local
Jardins do Palácio e Palco do Auditório da Biblioteca Municipal Almeida Garrett

Para participar no workshop deve inscrever-se previamente. 

A seleção dos participantes será feita por ordem de inscrição, através do e-mail galeriamunicipal@agoraporto.pt.

Crédito da imagem: Dan Weill. Uriel Orlow, "The Medicinal Garden Project", The Showroom, Londres, 2016
 
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Em contínuo

Percurso para os jardins com Von Calhau!

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Gineceu & Estigma / Especulações Botânicas

 
Devido a um temporal, previsto para a noite do dia 30 de outubro de 2021, não foi possível concretizar o Percurso.
Resta a possibilidade de o realizar presencialmente ou virtualmente. 

Guião online disponível aqui.

Versão impressa disponível nos balcões da GMP.
 
Criado em 2006 por Marta Ângela e João Alves, o coletivo Von Calhau! tem vindo a desenvolver um corpo de trabalho nas áreas da música e das artes visuais, com múltiplas ramificações e cruzamentos que se vão manifestando nos seus concertos e performances, na edição de discos, na realização de filmes e vídeos, numa profusa produção de desenhos e obra gráfica e nas suas publicações. A dupla cofundou o estúdio de artes gráficas Oficina Arara e já participou em exposições e residências em locais como o Atelier MTK (França), a Galeria ZDB e o Museu de Serralves (Portugal) e mais recentemente a Residency Unlimited (EUA).
Local
Jardins do Palácio

O acesso ao áudio requer o uso de dispositivo eletrónico com internet (telémovel, tablet), aconselhando-se o uso de auriculares (equipamentos não disponibilizados pela GMP).  

Crédito da imagem: Von Calhau!

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