Galeria Municipal do PortoGaleria Municipal do Porto

Programas
Kiluanji Kia Henda, com Flávio Cardoso, Lilianne Kiame, Raul Jorge Gourgel
Recursões: uma cartografia de territórios inacabados
Curadoria de Kiluanji Kia Henda & Margarida Waco.

15.11.2025 - 22.02.2026


Sábado, 15 de novembro, a partir das 17h

Inauguração: Kiluanji Kia Henda, com Flávio Cardoso, Lilianne Kiame, Raul Jorge Gourgel

Recursões: uma cartografia de territórios inacabados centra-se no diálogo entre a obra de Kiluanji Kia Henda e três artistas angolanos — Flávio Cardoso, Lilianne Kiame e Raul Jorge
Gourgel — para refletir sobre as promessas, fracassos e ruínas da modernidade. A exposição é articulada pela ideia de recursão: um processo orgânico de retorno que compreende passado
e presente, marcado por movimentos recorrentes, inacabados e em constante mutação. Com fortes ligações ao território e à paisagem, as obras desenham ciclos de memória e especulação,
propondo Angola como um arquivo vivo de imaginação coletiva. 
 
Através de diferentes linguagens como a fotografia, a pintura, a instalação, o vídeo ou a performance, Recursões propõe um mapa que analisa o impacto atual das heranças coloniais. Superando narrativas históricas fixas, a exposição apresenta-se como uma bússola provisória que localiza um território de contornos instáveis a partir do qual novos horizontes podem emergir.
Piso 1

Entrada gratuita.

Domingo, 16 de novembro, às 15 e 16 horas

Visitas Guiadas com Margarida Waco e Kiluanji Kia Henda

No primeiro domingo em exibição, os curadores da exposição “Recursões: uma cartografia de territórios inacabados” convidam o público para duas visitas guiadas. A primeira será conduzida pelo artista Kiluanji Kia Henda, em língua portuguesa. A segunda será orientada por Margarida Waco que, a par de Kia Henda, assina a curadoria desta exposição coletiva.

Piso 1

15:00: Visita em inglês, com Margarida Waco
16:00: Visita em português com Kiluanji Kia Henda
 
Participação gratuita

6 de dezembro, 2025

Visitas guiadas às três exposições

Neste sábado, será feita uma visita guiada às exposições patentes na Galeria Municipal do Porto: 
 
Estado de espírito, de Mariana Caló e Francisco Queimadela
Recursões: uma cartografia de territórios inacabados, de Kiluanji Kia Henda, com Flávio Cardoso, Lilianne Kiame, Raul Jorge Gourgel
Aprender a ensinar, ensinar a aprender, de Elvira Leite
15:00: Visita em português
16:00: Visita em inglês

Participação gratuita

3 de janeiro, 2026

Visitas guiadas às três exposições

Neste sábado, será feita uma visita guiada às exposições patentes na Galeria Municipal do Porto: 
 
Estado de espírito, de Mariana Caló e Francisco Queimadela
Recursões: uma cartografia de territórios inacabados, de Kiluanji Kia Henda, com Flávio Cardoso, Lilianne Kiame, Raul Jorge Gourgel
Aprender a ensinar, ensinar a aprender, de Elvira Leite
15:00: Visita em português
16:00: Visita em inglês

Participação gratuita

Sábado, 31 de janeiro 2026, às 11 horas na FMP

Escuta ativa com Kalaf Epalanga

Todos os meses, a Fonoteca Municipal do Porto organiza uma sessão de Escuta Ativa, na qual um convidado é desafiado a escolher um ou mais discos da coleção do espaço para uma experiência de escuta e atenção conjunta. Em janeiro, o anfitrião desta sessão será o músico e escritor angolano Kalaf Epalanga, numa parceria com a Galeria Municipal do Porto, no âmbito da exposição "Recursões: uma cartografia de territórios inacabados".  
Local: Fonoteca Municipal do Porto (R. de Pinto Bessa 122 Armazém 12, 4300-427 Porto)

Entrada gratuita

Sábado, 31 de janeiro 2026, às 15 horas

Apresentação do Manual Antirracista para as Artes e Educação, com UNA – União Negra das Artes

O Manual Antirracista para as Artes e Educação surgiu da necessidade de desacomodar pensamentos e práticas nas áreas da arte e da educação. Nesta sessão, Dori Nigro e Raquel Lima, em representação do Coletivo UNA - União Negra das Artes, irão partilhar com o público o processo em curso para a criação deste manual que busca ser, antes de tudo, um objeto esperançoso, antirracista, crítico e mediador de pontes entre a arte e a educação.

Dori Nigro é criador, performer, arte-educador e investigador, com passagem pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e pelo Colégio das Artes da Universidade de Coimbra. Desde 2007, dedica-se a práticas artísticas de cruzamento disciplinar. Possui doutoramento, mestrado e especialização no campo da arte contemporânea, práticas artísticas e arte/educação. É licenciado em pedagogia e bacharel em comunicação social/fotografia. Vive e atua entre Portugal e Brasil, dinamizando atividades colaborativas com artistas e comunidades locais. Cuida, com Paulo Pinto, da LÁRoyé, casa/atelier de partilhas afetivas, criativas e ancestrais, desenvolvendo investigações e criações no âmbito da prática artística e da arte/educação. É membro da União Negra das Artes (UNA).

Raquel Lima é poeta, arte-educadora, performer, ensaísta e artista transdisciplinar. É licenciada em Estudos Artísticos - Artes Performativas e investigadora de doutoramento em Estudos Pós-Coloniais, com um interesse particular em oratura, memória intergeracional, movimentos afro-diaspóricos e práticas contemporâneas de escapismo, abstração e cura. Tem apresentado o seu trabalho académico e artístico em vários países, nomeadamente nas Bienais de Veneza e São Paulo. Foi eleita uma das 100 personalidades negras mais influentes da lusofonia pela revista Bantumen e cofundou a associação cultural União Negra das Artes (UNA).

A União NEGRA das Artes é uma associação cultural que surge no âmbito da luta antirracista e da afirmação de negritude em Portugal, com ênfase nas diversas manifestações e debates em torno da reivindicação de direitos humanos, da descolonização do conhecimento e da valorização do legado artístico-cultural protagonizado por pessoas negras. A constituição da associação, em Abril de 2021, resulta da necessidade de uma estrutura que defenda os interesses específicos da negritude no setor cultural, atendendo às continuidades históricas do racismo colonial que mantém assimetrias profundas e dificultam a criação, fruição, acesso, produção, programação e, consequentemente, a representatividade negra no sector artístico em Portugal. Os seus principais objetivos são a promoção, elevação e fortalecimento da representatividade negra no campo artístico português, assim como o reconhecimento e a valorização do património imaterial da população negra em Portugal. O seu foco é contribuir para a elaboração de políticas de reparação e medidas de ação afirmativa ao nível das artes e da cultura, em articulação com artistas, movimentos sociais, entidades públicas e privadas.

Entrada gratuita

Fotografia de Joni Ricos

7 de fevereiro, 2026

Visitas guiadas às três exposições

Neste sábado, será feita uma visita guiada às exposições patentes na Galeria Municipal do Porto: 
 
Estado de espírito, de Mariana Caló e Francisco Queimadela
Recursões: uma cartografia de territórios inacabados, de Kiluanji Kia Henda, com Flávio Cardoso, Lilianne Kiame, Raul Jorge Gourgel
Aprender a ensinar, ensinar a aprender, de Elvira Leite
15:00: Visita em português
16:00: Visita em inglês

Participação gratuita

Sábado, 14 de fevereiro 2026, às 17 horas

Dj set de Nazar

Para assinalar o último fim de semana de exibição de “Recursões: uma cartografia de territórios inacabados”, a Galeria Municipal do Porto apresenta o DJ set de Nazar.

Nascido em Angola, mas criado na Bélgica, após o fim da guerra civil angolana, em 2002, Nazar regressou ao país. Foi nessa altura que começou a produzir música, criando uma versão própria e única do kuduro angolano, que cunhou de "Rough Kuduro". Hoje radicado em Manchester, o seu mundo musical gira em torno da violência extrema, da injustiça e da omnipresença de um Estado repressivo durante e após a guerra civil, que durou 27 anos, ao mesmo tempo que explora a esperança, a resiliência e o orgulho num país devastado pelo conflito.
 
Entrada gratuita

Fotografia de Marieke Bosma

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