Galeria Municipal do PortoGaleria Municipal do Porto

Programas
Pastos e Pastos
Percorrendo caminhos onde a natureza e a cidade se encontram, seguirei o olhar atento de artistas e cientistas, cuja investigação cruza os campos da medicina, da gastronomia e da sustentabilidade, e cujas perspetivas desafiam as convenções taxinómicas e topológicas.
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Pastos e Pastos / Sábado, 9 julho, 10-13h

Plantas insubmissas — A Recoletora

A Recolectora propõs uma ação participativa de pesquisa, catalogação e mapeamento de plantas silvestres comestíveis – vulgarmente designadas por “ervas daninhas” – para resgatar conhecimentos ancestrais e contemporâneos. Recorrendo a uma lógica didática e à exploração, redescobre-se a cidade através da recoleção e da deambulação pelos territórios do baldio urbano.

A proposta contou com uma performance musical por Fernando Mota, que tem vindo a criar instrumentos experimentais e objetos sonoros a partir de elementos naturais.
 
A Recoletora (Maria Ruivo e Alexandre Delmar com Fernanda Botelho) reúne botânicos, nutricionistas, chefs, artistas e designers num projeto colaborativo itinerante que pretende recuperar plantas comestíveis selvagens e reintegrá-las nas nossas dietas e hábitos alimentares.
Local: Rua Justino Teixeira, 181 (Campanhã) e Fonoteca Municipal do Porto

Créditos das imagens: Dinis Santos
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Pastos e Pastos / Sábado, 8 de outubro, das 10 às 13 horas

A Fundo na Paisagem — Workshop por Landra

O que separa um pátio de cimento de uma abundante agrofloresta? Para entrar terra adentro é preciso, antes de mais, saber-se que um pode vir a ser o outro. A proposta de Sara Rodrigues e Rodrigo B. Camacho é que se levantem lajes e se pique o alcatrão, se peneire cascalho, adicione matéria orgânica, prepare compostos sólidos e líquidos, devolva os micro-organismos em falta e se semeie o amanhã.
 
Nisto, é necessário pensar sobre como é que o que comemos hoje se impõe sobre a paisagem que virá. Vamos então provar um futuro próspero com receitas à base de bolota e de outros alimentos provenientes da Landra, uma agrofloresta que emerge de um carvalhal. 
 
Entretanto, a vida toma o seu próprio curso fazendo avançar a implacável sucessão ecológica rumo à floresta milenar. Acumulam-se ciclos de abundância crescente e lá vai a paisagem, sendo o que pode, transformada pelas nossas ações, mas principalmente informada pelo que não se vê e que vive mesmo debaixo dos nossos pés. 
 
 
Local: Pátio do CCOP (Círculo Católico de Operários do Porto, Rua Duque de Loulé, 202)

Landra é o nome dado à terra e à prática de Sara Rodrigues e Rodrigo B. Camacho, prestando homenagem às bolotas, chamadas de Landras no Noroeste Ibérico. A dupla revê nelas uma cultura de autonomia, de soberania e de auto-suficiência que procura recuperar, alinhando-se com uma prática de viver e fazer em sintonia com os ritmos e ciclos naturais.

"A Fundo na Paisagem" contou com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, uma residência artística do Coliseu do Porto e uma mostra no Mercado do Bolhão a partir de 19 de setembro, 2022.

Créditos das imagens: Dinis Santos
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Pastos e Pastos / Sexta, 3 de fevereiro, 19h

INLAND: Campo Adentro — Fernando García-Dory

Iniciado por Fernando García-Dory, INLAND examina a relação entre a cidade e o campo, considerando a cultura, identidade, geopolítica e território no contexto da arte contemporânea e centrando-se na economia da arte e da terra, na utopia organizada, e nas formas como os humanos interagem com a biosfera. O artista conduzir-nos-á pelos caminhos do projeto apresentado na Documenta 15, combinando o fabrico de queijo e sistemas de intercâmbio e fomentando vivências coletivas sustentáveis.

O trabalho de Fernando García-Dory explora a relação entre cultura e natureza, ponderando as suas diversas dimensões: dos microorganismos aos sistemas sociais, passando pelo desenho de linguagens artísticas tradicionais e projetos agroecológicos colaborativos.
Local: Auditório da Biblioteca Municipal Almeida Garrett

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