Galeria Municipal do Porto
Música entre Espécies Companheiras
Maio - Novembro 2023
Maio - Novembro 2023
Música entre Espécies Companheiras é uma série de concertos concebidos e realizados para, e com, cães, os seus companheiros humanos e outras presenças mais-do-que-humanas que se queiram juntar a estas sessões. Inspirados no Manifesto das espécies companheiras de Donna J. Haraway e em estudos científicos sobre a inclinação dos cães para o som e a música, os concertos irão ter em conta as sensibilidades e capacidades auditivas únicas destes animais.
Curadoria de Lovers & Lollypops
Prémio Paulo Cunha e Silva
17.06-20.08.2023
17.06-20.08.2023
Criado pela Câmara Municipal do Porto em homenagem ao antigo Vereador da Cultura Paulo Cunha e Silva (1962-2015), figura central da vida artística da cidade, o prémio, que se realiza de dois em dois anos, reconhece o talento das novas gerações de artistas nacionais e internacionais. A edição deste ano reforça o compromisso do Prémio em promover a criação e o intercâmbio cultural ao estabelecer uma parceria com três programas de residência artística reconhecidos internacionalmente. Arquipélago Centro de Artes em S. Miguel, Açores; Cove Park, na costa oeste da Escócia; e o Pivô, em São Paulo, receberão um dos três artistas premiados, escolhidos por um júri constituído por três membros.
Os selecionadores para a edição de 2023 do Prémio Paulo Cunha e Silva são:
A artista Angela Ferreira, o diretor da Jan van Eyck Academie, Hicham Khalidi e a programadora cultural Tabitha Thorlu-Bandura.
Com
Euridice Kala, Márilu Namoda e Luis Santos (nomeados por Ângela Ferreira); Rouzbeh Akhbari, Kent Chan e Hira Nabi (nomeados por Hicham Khalidi) e Maren Karlson, Malik Nashad Sharpe - também conhecido como Marikiscrycryery- e Eve Stainton
A artista Angela Ferreira, o diretor da Jan van Eyck Academie, Hicham Khalidi e a programadora cultural Tabitha Thorlu-Bandura.
Com
Euridice Kala, Márilu Namoda e Luis Santos (nomeados por Ângela Ferreira); Rouzbeh Akhbari, Kent Chan e Hira Nabi (nomeados por Hicham Khalidi) e Maren Karlson, Malik Nashad Sharpe - também conhecido como Marikiscrycryery- e Eve Stainton
Dueto
Maria Paz e Joan Jonas
16.09 – 19.11.2023
Maria Paz e Joan Jonas
16.09 – 19.11.2023
Dueto é um convite a duas artistas para compartilharem um mesmo espaço expositivo. Começou como uma proposta dirigida a uma jovem artista do Porto para pensar num artista com quem gostaria de partilhar uma exposição. Recordando o impacto que a exposição no Museu de Serralves teve no seu processo de investigação, Maria Paz convidou Joan Jonas a partilhar o espaço expositivo da Galeria Municipal do Porto. Neste intercâmbio transatlântico de gerações, as duas artistas revelarão as suas investigações comuns em formas, cores e materiais.
Curadoria de Filipa Ramos
Norte Silvestre e Agreste
09.12.2023 – 10.03.2024
09.12.2023 – 10.03.2024
Quais são os padrões meteorológicos, os mitos e histórias, os ritmos, cores e formas, os habitantes humanos e não-humanos que constituem o Noroeste Ibérico na sua realidade e ficção?
Querendo saber sobre os rituais e modos expressivos de pessoas, animais, plantas, elementos e minerais, fomos em busca das raízes, terminações e tentáculos do Noroeste Ibérico, tentando encontrar, conhecer e permanecer nos locais onde estes poderiam residir. Ao fazê-lo, consideramos o passado, mas acima de tudo enfrentamos o presente-futuro desses espaços concretos e imaginados entre mares, bosques e assentamentos. Norte Silvestre e Agreste é uma exposição que percorre caminhos e linhas de intensidade, forças centrífugas que nos levam para além do Porto, rumo àquelas supostas margens onde as permutas eclodem para descobrir e partilhar as referências, histórias, palavras e ligações a esses lugares com um longo passado e um futuro ainda mais longo.
Querendo saber sobre os rituais e modos expressivos de pessoas, animais, plantas, elementos e minerais, fomos em busca das raízes, terminações e tentáculos do Noroeste Ibérico, tentando encontrar, conhecer e permanecer nos locais onde estes poderiam residir. Ao fazê-lo, consideramos o passado, mas acima de tudo enfrentamos o presente-futuro desses espaços concretos e imaginados entre mares, bosques e assentamentos. Norte Silvestre e Agreste é uma exposição que percorre caminhos e linhas de intensidade, forças centrífugas que nos levam para além do Porto, rumo àquelas supostas margens onde as permutas eclodem para descobrir e partilhar as referências, histórias, palavras e ligações a esses lugares com um longo passado e um futuro ainda mais longo.
Curadoria de Filipa Ramos e Juan Luis Toboso
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Sábado, 17 de maio, às 17 horas
[CANCELADA] Profundidade de Campo: Conversa com as artistas Mónica de Miranda e Isabél Zuaa
Na véspera do Dia Internacional dos Museus e do Fascínio das Plantas, as artistas Mónica de Miranda e Isabél Zuaa juntam-se para uma conversa a partir da exposição "Profundidade de Campo" que, tal como num câmbio de uma árvore, propõe o solo e o corpo como vetores de expressão decolonial e ecológica.As várias esculturas amovíveis que integram a exposição servem de ponto de partida para refeltir sobre a interação com o pensamento e prática de Amílcar Cabral, agrónomo, poeta e líder da luta de libertação na Guiné-Bissau e em Cabo Verde, que propôs o solo como agente ativo dos processos históricos.Uma hora antes, Isabél Zuaa juntamente com Mauro Hermínio apresentam a performance "Pouca Terra", parte do ciclo de ativações da peça "Intervalo temporal", que integra a exposição.Local: GMP
Participação gratuita.
Cineasta, investigadora e e artista portuguesa de origem angolana, a viver entre Lisboa e Luanda, Mónica de Miranda trabalha de forma interdisciplinar com desenho, instalação, fotografia, filme, vídeo e som nas suas formas expandidas e nas fronteiras entre ficção e documentário. Foi representante de Portugal na 60.ª Bienal de Veneza, em 2024.
Artista multidisciplinar, Isabél Zuaa nasceu em Lisboa e tem origens na Guiné-Bissau e em Angola. A sua pesquisa artística centra-se em dramaturgias onde as pessoas negras são protagonistas e anfitriãs das suas próprias narrativas e sobre o mapeamento de biografias invisibilizadas.Formou-se em interpretação no Chapitô, na Escola Superior de Teatro e Cinema e na Unirio. Desde 2010, tem trabalhado em teatro, cinema, televisão e performance, desenvolvendo projetos em Portugal, no Brasil e em Itália.Em 2019, fundou o coletivo Aurora Negra, juntamente com Cleo Diára e Nádia Yracema. O grupo estreou com Aurora Negra (2020), seguindo-se COSMOS (2022) e Missão da Missão (2023) . Criaram também o Festival KILOMBO, cuja primeira edição decorreu no Espaço Alkantara (2021) e a segunda no Teatro São Luiz (2023), em parceria com o Festival Alkantara. Isabél é cofundadora da UNA - União Negra das Artes.Nos festivais de Cinema, em 2023 recebeu o prémio de Melhor Atriz Secundária no Cineuphoria (A Viagem de Pedro); em 2022 o Prémio Guarani de Melhor Atriz (Um Animal Amarelo); 2020 recebeu no Festival de Gramado o prémio de Melhor atriz (Um Animal Amarelo e pelo filme Deserto Estrangeiro). Foi também distinguida com menções honrosas no Los Angeles Brazilian Film Festival, e premiada em festivais como Sitges, Zinegoak e Fest Aruanda. -
Sábado 17 de maio, às 16 horas
[CANCELADA] Profundidade de Campo: Pouca Terra, por Isabél Zuaa e Mauro Hermínio
Uma viagem de comboio atravessa o continente africano, mas os passageiros não são apenas pessoas: são histórias roubadas, artefatos arrancados das suas terras e confinados em vitrines de museus europeus. Cada paragem revela sons que ecoam da ausência, cada som representa a voz das estátuas levadas, sussurros de máscaras silenciadas. O público é convidado a embarcar numa reflexão sobre a imigração afro diaspórica, os corpos deslocados e as estátuas prisioneiras de um passado colonial. Uma viagem que desafia as fronteiras do tempo-espaço, revela o peso da história em cada paragem. Os performers são os guias nesta viagem. A sua interação com a instalação "Intervalo Temporal" serve simbolicamente como uma manifestação dos artefatos roubados, dos corpos que foram obrigados a sair dos seus territórios.Poka Terra. Poka Terra. Tchu Tchu.
Integrado no programa de ativações da obra "Intervalo Temporal".Local: GMP, Piso 1
Participação gratuita.
Classificação etária a atribuir.
Isabél Zuaa é artista multidisciplinar nascida em Lisboa e com origens na Guiné-Bissau e em Angola. A sua pesquisa artística centra-se em dramaturgias onde as pessoas negras são protagonistas e anfitriãs das suas próprias narrativas e sobre o mapeamento de biografias invisibilizadas.Formou-se em interpretação no Chapitô, na Escola Superior de Teatro e Cinema e na Unirio. Desde 2010, tem trabalhado em teatro, cinema, televisão e performance, desenvolvendo projetos em Portugal, no Brasil e em Itália.Em 2019, fundou o coletivo Aurora Negra, juntamente com Cleo Diára e Nádia Yracema. O grupo estreou com Aurora Negra (2020), seguindo-se COSMOS (2022) e Missão da Missão (2023) . Criaram também o Festival KILOMBO, cuja primeira edição decorreu no Espaço Alkantara (2021) e a segunda no Teatro São Luiz (2023), em parceria com o Festival Alkantara. Isabél é cofundadora da UNA - União Negra das Artes.Nos festivais de Cinema, em 2023 recebeu o prémio de Melhor Atriz Secundária no Cineuphoria (A Viagem de Pedro); em 2022 o Prémio Guarani de Melhor Atriz (Um Animal Amarelo); 2020 recebeu no Festival de Gramado o prémio de Melhor atriz (Um Animal Amarelo e pelo filme Deserto Estrangeiro). Foi também distinguida com menções honrosas no Los Angeles Brazilian Film Festival, e premiada em festivais como Sitges, Zinegoak e Fest Aruanda.Mauro Hermínio é um ator português, de origem moçambicana, cuja carreira abrange teatro, cinema e televisão, aliada a um forte ativismo pela representatividade negra. Formou-se na Escola Superior de Teatro e Cinema, tendo também estudado na Escola de Actores Impetus e na Escola Superior de Tecnologias e Artes de Lisboa. Na televisão, destacou-se em produções como “A Única Mulher” (TVI) e “Vidas Opostas” (SIC). No cinema, é conhecido por filmes como Mutant Blast (2018), Frágil (2019) e Ruth (2018), de António Pinhão Botelho. No teatro, demonstrou sua versatilidade em peças como “Doce Pássaro da Juventude” (2015), de Tennessee Williams, encenada por Jorge Silva Melo, e “Imperatore 2.0” (2018), de Pedro Sousa Loureiro. Também escreveu e interpretou o monólogo “Noman” (2014). Participou na peça “Negros” com a companhia GRIOT, encenada por Rogério Carvalho, explorando a experiência de ser negro num país predominantemente branco.